domingo, 29 de março de 2009

Hehehe, a forma como me lembro de ti



Como é que ainda existe pessoal que perde tempo a ler esta porcaria loool, ou pelo menos dizem que lêem (que é o mais provável). Quanto mais escrevo mais este blog desce de nivel, mas também do que é que estavam á espera?? Milagres?? looool.


PS. não é loool, mas sim hehehe.



Sim, é verdade!
Assumo que sou um perfeito cabeça no Ar, ando inúmeras vezes distraído.
Que só dou importância ao que realmente quero.
Mas ao que te referes, a minha perspicácia foi soberana e falou mais alto.
Se ando distraído e não vejo mais além é porque não quero, olha estou a sentir-me bem com esta minha ignorância premeditada.
Não, também não quero dizer porquê.
Apenas posso dizer-te que estou a divertir-me imenso com este “ joguinho” de cão e gato ou gato e rato se assim preferires.
Gosto de pessoas independentes, com ideias próprias, que me contradigam sistematicamente (desde que tenham um bom argumento, porque senão arraso com elas hehehe), que têm opinião própria, que me façam rir (cócegas não conta).
Lês o meu blog?
Acho fantástico!
Deves ser a única, isso é bom porque estou prestes a arranjar um patrocínio hehehe.
E por leres isto que eu chamo de blog, achas que já me conheces?
Eu não tinha tanta certeza, porque até eu não sei o que escrevo a maioria das vezes.
Achas que me podes avaliar, que me podes retratar pelo lês, então vais garantidamente perder este jogo.
Pelo que vês?
Inconstante, contraditório?
Por acaso já me tinha dito isso (será conspiração?) hehehe.
É sinal que estou a cumprir bem a minha missão.
Qual?
Não posso dizer tudo, senão perde a graça.
Diz-me uma coisa, os dias para ti são todos iguais?
É que para mim há dias em que ora faz frio ou calor,
Ora chove ou faz vento,
Ora o Benfica perde ou….perde…hehehe
E porque é que o meu estado de espírito não pode ser por vezes inconstante de acordo com o que se passa em meu redor?
Se andasse sempre de sorriso nos lábios achas que era uma pessoa mais constante?
Eu acho que não! Acho que era mais do tipo….maluquinho.
Não, não te estou a chamar de maluquinha. Ou melhor, não queria ser tão óbvio hehehe.
Mas tem sido boa esta nossa amizade, a avaliar pelos “ heheheh´s” que já escrevi neste texto dá para ver que pelo menos tem sido divertida.
Não estou presente tantas vezes quanto gostaria porque há que ser realista, se “banalizarmos a coisa” deixa de ter piada e os “hehehe´s” acabam por se perder.
Sim descomplicado é a palavra correcta, sim directo também, mas porquê?
Não achas bem?
Juro que farei os possíveis para te ver o mais breve possível…
Que tal….agora?!
Até já então…
Depois queixa-te hehehe.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os ombros suportam o mundo



Este texto que se segue não é obviamente da minha autoria (até porque este está bem escrito e é bonito hehehe).
Foi enviado por uma pessoa amiga que estimo bastante, eu decidi partilhá-lo aqui porque é algo de maravilhoso.



Carlos Drummond de Andrade.


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.



Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.



Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teu ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espectáculo,

prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.


Os versos acima foram publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Batalhas perdidas

Hoje quero mostrar a bandeira branca, agora sim está tudo bem.

Tudo continuará bem.

A batalha foi perdida, mas sempre será recordada.



Algumas vezes duvidei se conseguiria ir até ao fim, seguindo o meu caminho sem ti.
Não faço a mínima ideia!
Porque por vezes parece que esse caminho está a chegar até mim.
E de ti nunca me livrarei…
Quando te vejo a chegar, quero desistir, quero oferecer-me, quero parar de lutar.
Então olho-te e vejo que está tudo bem.
Quando vejo a tua boca sinto que posso enfrentar tudo, ganho coragem até para te enfrentar o coração.
Que por ela vejo através da luz, que te conto as lágrimas….
Quando vejo a tua boca, apenas baixo os braços e não resisto mais.
Não há nada neste mundo que me faça sentir tão importante como o toque da tua mão, dos teus finos dedos.
Não existe nada que melhor que o teu cheiro, que me chega a paralisar ao ponto de não sentir o vento nos olhos.
E porque estás aqui neste momento, o teu olhar é tudo o que sempre precisei, precisarei.
É tudo o que quero neste momento,
É tudo o que posso crer.
Vou desistir, vou mudar de batalha, esta nunca conseguirei ganhar, e não suportaria perder de novo, mas agora está tudo bem… tudo bem…
O teu olhar deixa-me perdido, embriagado, e terrivelmente só ao pondo de não reconhecer nada nem ninguém.
Mas agora podes acreditar que tudo está bem… que tudo ficará melhor….
Que com o teu calor, nunca mais sentirei frio, que com a tua luz a noite já não existe, que com o teu abraço o medo que trazia no peito fugiu.
Mas e se ele volta?
Agora está tudo bem.
Mostro-te a bandeira branca e pergunto como será o amanhã, mas para que é que eu quero saber do amanhã?
Isso agora não interessa, agora finalmente está tudo bem.
A culpa, essa á muito que se perdeu no tempo.
Eu sei que fui além do que deveria.
Boa noite,
Tudo bem,
Ficarei mudo porque agora sim, está tudo terrivelmente bem…

segunda-feira, 23 de março de 2009

Hoje gostava que tirasses a máscara



Sei que não é fácil hoje em dia agir da forma como realmente somos, a nossa vida está cada vez mais exigente em todos os sentidos, temos necessidade a agradar a gregos a a troianos.

Na minha opinião, se deixarmos cair a máscara só temos a ganhar.

Sê, tu!

Sê transparente!


Pois, eu sei que insisto muito na transparência, talvez porque para mim ela tenha um significado e um valor diferente do que tem para ti, talvez eu esteja errado. Mas mesmo assim prefiro estar sem máscara, apesar dos riscos que possa correr. Prefiro a verdade e todas as inconveniências que a acompanham. Só assim, te podem respeitar pelo que realmente és.
Achas que não é difícil, porque para ser transparente basta ser sincero e não enganar os outros.
Pois para mim é muito mais do que isso, é teres coragem de te expor, de seres frágil, de falares o que sentes.
Ser transparente é despir a alma, é deixar cair a máscara, baixar as armas, destruir as enormes barreiras que criamos durante a vida.
Ser transparente é deixar que toda a nossa doçura aflore, que o nosso sorriso aconchegue os outros, que os motive.
Mas a maior parte de nós opta por não correr esses riscos.
Preferimos a dureza da razão, preferimos o nó na garganta á lágrima que nos alivia.
Preferimos nos perder numa busca quase descompensada de respostas imediatas, a simplesmente nos entregar e admitir que estamos com medo.
Muitos preferem manter uma máscara que lhes dê sensação de protecção e assim vemo-los cada vez mais se afogando em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.
Não porque querem, mas porque se perderam de si mesmo quando criaram a tal máscara e não encontram o seu amor intenso mas apenas o contaminado.
Com o passar do tempo um vazio frio e escuro faz-nos perceber que já não sabemos dar nem pedir o que mais de precioso temos de partilhar, o sorriso fácil, a compreensão, a compaixão.
Faz-nos perceber que todos nós sofremos, que nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos em silêncio ao deitar. Um silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que ainda assim por cobardia teimamos em não mostrar a quem amamos.
Isto porque infelizmente aprendemos que é mais fácil partir para a ignorância, discutir, acusar, criticar do que simplesmente dizer:
- Pára por favor, estás a magoar-me!
- Amo-te!
-Estás linda!
-Acho-te fantástica
E sabes porquê? Porque partimos do princípio que proferir estas palavras é sinónimo de fraqueza, de tolice de insignificância para com o próximo. Quando na verdade se agirmos de coração iremos garantidamente evitar uma imensa dor.
E se por um dia deixarmos explodir a nossa ternura?
Se tentarmos não conter o choro?
Não conter a gargalhada?
Não esconder tanto o nosso medo?
Não querer ser tão invencível.
Que consigamos não controlar tanto, discutir tanto, competir tanto.
Hoje deixa cair a máscara, sê transparente, não tenhas medo apesar dos riscos que isso possa significar.
Eu vou estar por aqui....

domingo, 15 de março de 2009

Podia ter sido o dificil, mas escolhi o impossivel.


Porque eres tan ermosa y a la vez tan dificil
Porque la vida pasa y pasa y te quiero a mi vera
Si me trataste como un juguete sucio y abandonado
Si no comprendes que el amar es algo más que besarnos.

Dizes-me que não sei o que quero.
Estás enganada!
Hoje finalmente descobri o que realmente desejo mais que tudo, mas também sei que é utópico e nunca passará de um desejo.
Dizem que as coisas difíceis têm um sabor especial, mas eu sem querer escolhi o impossível.
Aconselho-te mais uma vez a não me levares a sério, embora dês várias gargalhadas, daquelas que adoro em ti e me respondas que isso não será problema.
És maravilhosa, ao ponto de aceitares que nos últimos dias tenha estado mais distante que o normal.
Não esperes muito de mim, não tenho mais para dar do que aquilo que vês.
De ti apenas espero que me recebas como sempre com esse sorriso.
Como eu preciso de te ver sorrir… é uma constante que preciso na minha vida.
Abraças-me com força e perguntas-me se é o fim, mas não te sei responder.
De tantos defeitos que tenho, gosto de destacar uma das minhas poucas virtudes. A justiça, não suporto ser injusto, muito menos contigo.
Não queres saber, dizes tu.
Gostava muito de poder dizer-te ao ouvido que:
És perfeita, ou pelo menos aproximas-te muito do meu conceito de perfeição,
Fico arrepiado com a tua presença, és doce como veludo.
Que o teu sorriso me salva quando estou sem ar,
Que aprendi a ser melhor por ti.
Que fico em êxtase só pelo facto de olhar para ti.
Que gostava de plantar uma árvore á tua porta para que te lembres de mim.
Que me fazes lembrar uma margarida num fim de tarde de primavera.
Que te quero beijar, abraçar, que quero fugir contigo para outro sistema solar.
Que quero respirar o teu Ar, encostar a cabeça no teu ombro e ouvir-te falar banalidades.
Desculpa…
Não o faço porque seria cruel, irias na hora perceber que tais palavras não eram para ti, mas sim para outra destinatária, a tal da fábula utópica, embora tudo o que te possa dizer não seja menos importante que estas palavras.
Pode parecer fria a forma como abordo tudo isto, mas é exactamente da mesma forma que gosto que me tratem. Sem rodeios, com transparência e frontalidade.
Tenho perdido muitas batalhas por querer seguir a vida de uma forma sincera e frontal. Por assumir sempre os meus erros sejam eles graves ou insignificantes, mesmo que por vezes fosse mais fácil descartar-me ou arranjar uma desculpa esfarrapada qualquer. (sabes do que falo).
Mas mesmo assim não quero mudar!
Hoje só quero ficar assim, estático, deitado ao teu lado e ficar a olhar para nada.
Só adormecer descansado ao saber que estás do meu lado como minha guardiã, como meu anjo.
Quero que fiques aqui!
Porque não quero que te afastes!
Porque me fazes falta!
Porque sei que também gostas de mim!
Porque sei que me queres bem!
Porque sabes que confio cegamente em ti!
Enfim, porque sei que quando já não houver mais ninguém eu olharei para o lado e estarás sempre aqui independentemente das circunstâncias.

Envidio a todo aquel que el amor ha encontrado
Que lo mio no es ir de flor en flor que de eso ya me he cansado
Solo queria adornar las noches com tu cara morena
Y decirte que hay corazones que no huyen de la tormenta

terça-feira, 10 de março de 2009



Talvez o grande culpado seja o tempo ele tem sido perdulário e não nos tem afastado.


Canta-me outra vez aquela melodia em que sou Primavera.
Questiono o valor da nossa existência e a transparência dos nossos beijos.
E quando já não vejo nada, tento entender o porquê da tua presença.
Talvez o grande culpado seja o tempo, ele tem sido perdulário e não nos tem afastado.
Gosto de ouvir-te gritar, de te ver dormir.
Sim é verdade, há lugares que nunca iremos conhecer.
Curas-me as feridas da alma com expressão do teu queixo e ao mesmo tempo irritas-me com esse teu olhar explicito e directo.
Tens razão, o nosso mar tem uma cor diferente quando não estamos juntos, ele é especial. Mas não por ser único, apenas por ser mais um.
Como me sinto quando não estás bem?
E tu? Como te sentes quando estou triste?
Sim adoro as tuas mãos.
Pediste-me para ser sincero mas fui obrigado a mentir.
Pedi-te para mentires mas foste exageradamente sincera.
De qualquer maneira sairei sempre a perder mesmo tende ganho tudo.
Mas a vida passa rápido, tu sabes isso,
Para que me queres para todo o sempre se nunca estás presente?
Não sei porque insisto em te querer se te evito sistematicamente.
Conta-me novamente aquela história.
Quanto mais fujo de ti, mais vezes o nosso destino se cruza.
Não foi minha intenção despertar qualquer tipo de sentimento em ti, pois em mim já nada será desperto.
Já viveste um par de vidas, quem és hoje?
Sim a noite estava fria, mas não é por esse motivo que a recordamos.
Perdoa-me se já não sou o mesmo.
Não precisas de pedir perdão por estares diferente.
Sim, foi bom! E também penso muitas vezes, mas tendo mais em recordar-me do que foi pior.
Claro que ficou! Ficará sempre, nem que seja as ervas daninhas, daquelas teimosas, que quanto mais arrancamos mais elas crescem.
Não me lembro de nenhum contracto, mas sim de um trato para ajudar a vencer o cansaço.
Hoje não quero falar e sei que tu também não.
Sei que hoje será mais um dia daqueles que acabará igual a tantos outros.
Assim será mais difícil de seguirmos.
Pediste-me que nunca te desapontasse.
Sei que nunca me desapontarás
Dizes que te apaziguou a alma…só isso.
Chamo-te vicio…apenas isso.
Proponho um pouco de silêncio e tu concordas de imediato.
Entrelaças a tua mão na minha, e fechas os olhos.
Encosto a minha cabeça á tua e ouço o teu respirar.
Aquele silêncio irá dar-nos algo de mágico, reconfortante, sempre novo e surpreendente.
A culpa é do tempo……. que não nos deixa partir.