quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Obrigada!





Talvez quando olhamos para trás nos faça confusão a complexidade de factores que foram precisos para acontecer este curioso encontro.
Eu pessoalmente não quero saber.
Quero apenas ficar assim.


Perguntaste-me várias vezes o porquê de nunca mais ter actualizado aquilo que chamo de blogue.
Sabes, ontem realmente tentei reflectir na tua pergunta e só ao fim de algum tempo é que encontrei uma resposta que fosse minimamente justificável para tal.
Na maioria dos textos que escrevi até hoje falo em percas, partidas, despedidas, vazio e até falsas alegrias.
Muitos dos textos que escrevi, fi-lo com os olhos encharcados ou com um sorriso acomodado ao que a vida me dava (e sendo justo, ela já me deu muita coisa boa).
A conclusão a que chego para a ausência da escrita, deve-se ao facto de não saber até que ponto estava preparado para exprimir a felicidade que hoje sinto por te conhecer.
Uma felicidade daquelas que nos assusta e nos deixa atordoado pelo simples facto de te ter presente na minha vida,
Uma felicidade imensa pelo privilégio de te sentir respirar,
Uma alegria imensa em te poder dar a mão quando caminhamos,
Por poder partilhar contigo as coisas mais insignificantes e sem sentido que a vida nos dá.
Existe uma expressão antiga que diz que quando uma porta de felicidade se fecha, logo outra se abre. Mas por vezes ficamos tanto tempo a olhar para aquela que se fechou, que são raras as vezes que vemos a beleza daquela que nos foi aberta.
É verdade que pelas nossas vidas se cruzam pessoas pelas quais achamos que sentimos paixão, desejo, amor e até desilusão.
Mas garantidamente são poucas aquelas que entram na nossa vida de rompante, que nos iluminam, nos fazem sorrir e até contar os minutos para estar junto delas,
São poucas aquelas pelas quais sentimos que nos falta algo quando não estamos perto, são poucas aquelas que confiamos, apenas porque sentimos que desta vez o nosso instinto está absolutamente correcto,
São poucas aquelas a quem queremos um bem maior do que aquele que queremos para nós.
Não quero falar aqui do futuro, porque para mim tudo tem o seu tempo e infelizmente nada é eterno. Quero apenas falar no presente e no agora.
Quero escrever e dedicar este texto apenas a ti e dizer-te que mais que o amor que sinto por ti, é o orgulho que tenho em ti! (e sou feliz por dizer-to nos olhos).
Dizer-te que não me interessa nada o sentimento mesquinho e retrógrada que algumas pessoas têm em relação a nós, ao pensarem que estamos equivocados e precipitados no que sentimos.
Dizer-te que abdico de qualquer coisa apenas para te ver dormir, para te ver sorrir, gritar ou saltar de alegria, pois é isso que acelera o meu coração.
Dizer-te que viajo para lugar incerto quando me abraças, que as tuas carícias e o teu olhar me aconchegam e que o teu incentivo faz com que eu siga em frente sem receios alguns.
Dizer-te que te amo, mas que acima de tudo te respeito.
Dizer-te que te vou carregar quando precisares, que vou lá estar antes de chagares e que lá estarei sempre, mesmo que não precises de mim.
Quero dizer-te que se quiseres, o “nós” será sempre mais forte, seja aqui, do outro lado do oceano ou mesmo na China.
Quero agradecer também ao destino e a quem o traça, pela generosidade que este teve comigo em colocar-te no meu caminho.
Quero dizer-te que preciso da tua força, do teu olhar terno e meigo e até da tua “lerdice” (já falo brasileiro e tudo heheh).
Como deves estar lembrada, até hoje só te fiz um pedido e é esse que te continuarei a cobrar.
Verdade….
Apenas a verdade… Promessas só as faço se as poder cumprir.
E se quiseres prometo-te que estarei sempre a teu lado independentemente das dificuldades que surjam.


Obrigada por seres maravilhosa!
Obrigada por me fazeres feliz!
Obrigada!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O melhor ainda está para vir


Como é normal nas minhas baboseiras, não identifico o destinatário dos meus textos (salvo uma excepção). E hoje não será diferente.
Mas de uma coisa eu tenho a certeza, esta destinatária assim que ler esta "coisa" saberá na hora que é dela que se trata.



Rir contigo posso dizer que é um privilégio, esbracejar e dizer bacuradas tem sido fabuloso, porque a vida deveria ser assim, uma bacurada que brilhasse simplesmente com o gritar de um brinde.
As lágrimas que de ti vi cair nos últimos dias, foram acompanhadas de uma expressão de dor que não posso ficar indiferente, não fosses tu uma pessoa a que fui “obrigado” a gostar.
“Obrigado” pelo contágio de alegria que entoas em cada uma das tuas gargalhadas, na tua simplicidade e forma intensa de viver, na tu perspicácia e determinação, na tua forma inconfundível de distinguir o preto do branco.
Só recentemente soube o porquê dessas lágrimas vivas com cheiro a deserto que por vezes deixas escapar mesmo sem quereres, mesmo que por vezes queiras disfarçar logo com o teu sorriso magistral de que tudo vai ficar bem.
Por isso (e não é que isto seja animador hehehe) decidi guardar também um espacinho para ti no meu cantinho das baboseiras. Ainda que seja para te ver sorrir, não fosse de baboseira sem sentido que tudo isto se trata.
Da vida não percebo nada, de pessoas muito menos e escrever só me consigo lembrar das frases mal feitas que tento fazer, ainda assim gostava de dizer que na questão de amizades felizmente estou num patamar muito alto e cada vez mais orgulhoso das pessoas que me rodeiam.
Não posso nunca banalizar essas tuas lágrimas, porque elas são de uma dignidade e de uma grandeza que só está á altura das grandes mulheres.
O termos o discernimento necessário para dizermos chega, mesmo que isso nos traga a dor expressa no olhar, o sabermos dizer basta, mesmo quando podemos seguir pelo caminho mais fácil do “deixa andar” revela uma maturidade e uma determinação que só alguns conseguem.
Em momentos complicados da nossa viagem, sabermos pôr a nossa dignidade acima de algo que amamos, revela uma grande coragem, mesmo que isso nos faça por vezes fugir e nos corroa devagar e de uma forma vincada por dentro.
A essa acção eu gostava de atribuir um nome, mas não tenho formação nem capacidade para adjectivar.
Pessoas com atitudes como a tua está reservado o melhor, por muito que desesperes e não acredites nisso.
Pessoas com a tua forma de encarar a vida (determinada) no que respeita a luta, tem um lugar reservado para grandes feitos, apenas tal já não aconteceu porque é preciso que alguém te mereça verdadeiramente. E nisso a vida encarregar-se-á de fazer sua justiça.
Garantidamente, e embora sejas tu que vás deixando escapar algumas lágrimas, não foste tu quem ficou a perder por muito que penses neste momento o contrário.
Quem fica a perder é quem não pode partilhar a tua alegria, a tua força, a tua energia, as tuas palavras e toda a tua simplicidade que por vezes nos faz arrepiar.
E pronto….o resto tu já sabes,
Venha mais um shot de licor de amora!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Seguir..





Quis a vida que nos apercebêssemos da dependência mútua que temos quando já não podíamos, quando tanto está agora em jogo, quando agora tudo o que precisamos é partir.
Porquê só agora?
Será que é porque sabemos que agora é quase impossível?


Dizes que para onde vais carregas o brilho dos meus olhos, nenhuma outra observação faz tanto sentido como essa que preferiste.
Mas está na hora de mo devolveres, porque eu preciso dele para seguir novamente, sem ele os meus joelhos sangram de tantas quedas que dou, pois esse brilho faz-me falta para enxergar o caminho que preciso de seguir.
Devolve-me esse brilho que subtilmente me roubaste e teimas em dizer que é teu, sem ele confundo as lágrimas com suor e troco o querer pelo esquecer.
Quero de uma vez por todas mandar embora toda esta escuridão em que o meu peito está envolvido e expulsar esta amargura que é movida pela saudade.
Prometi-te que avançaria, mas não consigo se continuo a ter-te por perto, não consigo se teimas em não partires de vez e jamais conseguirei se continuares dessa forma doce a apregoares ao meu ouvido que me amas.
Não posso continuar a olhar para ti enquanto dormes pois o masoquismo não é uma forma de expressão que aprecie.
Como posso partir se acordo com o teu sorriso apertado contra os meus braços, se fazes questão de me oferecer a melhor droga de todas que são os teus lábios.
Como queres que te deixe partir se apenas vivo literalmente a minha vida quando percorro o teu corpo repetidamente.
Ontem, frente ao espelho tentei obter algumas respostas, normalmente ele emite um reflexo fiel da realidade, mas em vão. Ontem apenas me consegui lembrar que estamos em Junho época de calor, mas que alguém se lembrou de nos oferecer uma noite chuvosa e fria de modo a termos desculpa pela forma como ficámos colados noite dentro.
Sei perfeitamente porque choras em vez se sorrires, é exactamente pelo mesmo motivo que eu continuo a sorrir quando deveria chorar.
O tempo leva-nos a pensar que já dissemos tudo um ao outro, mas o facto é que sempre que nos encontramos parece que nada foi dito, que há sempre mais alguma coisa a acrescentar.
E com tudo isto, ainda falamos em liberdade, como poderemos ser livres desta forma?
Como é que podemos seguir sós se sistematicamente nos carregamos mutuamente?
Como podemos seguir se teimas em ser única em atitudes e palavras?
Como posso partir se fazes questão em me amarrar á tua vida desta forma?
Porque é que faço estas perguntas tolas se eu faço questão de agir exactamente de forma igual?
Acredita que só os factores complexos que rodeiam a nossa relação é que me impedem que eu de uma forma abrupta expluda e grite irracionalmente que és uma mulher maravilhosa.
Que é contigo que quero ficar!
Infelizmente e porque racionalmente tem de ser assim, a única coisa que desejo é seguir, porque só assim faz sentido.
E não vale a pena ficarmos agarrados aos “ses” (se tivesse sido de outra forma, se tivesse sido noutra altura etc.).
Será que conseguiremos seguir?

Superado apenas pelo cansaço





Nem sempre se ganha, quase sempre ser perde,
Solto um bocejo profundo em sinal do meu enorme cansaço.
Estou cansado e praticamente derrotado
Não te quero mais, vou simplesmente dormir…



Ao fundo vejo-te em minha direcção num voo picado e determinado.
Abro os braços para te receber, para te abraçar. Mas quando chegas junto a mim simplesmente passas ao lado e afastas-te para longe.
Para longe do meu coração, para parte incerta e afastada do meu peito.
Para perto dos meus olhos, para junto do meu adeus.
Simplesmente passaste, mesmo sem antes teres ficado por um minuto que fosse.
Sem que nunca antes me tivesses deixado dizer o que eu merecia ter dito, o que devias ouvir.
Passaste, sem por uma vez que fosse me deixasses ser eu.
Mesmo assim este “nada” teve significância, mais ainda de que muitos “tudos” que tive ao longo da vida.
Agora, e sem volta a dar, quero abrir os braços e deixar-me cair em paz, envolver-me e lembrar-me do que esta queda livre significa.
Longe será o destino, mas previsível também.
Vou tentar uma nova sensação, a de voltar costas e desistir, fugir e fingir que nada disto aconteceu.
Já não quero ficar aqui!
Já não te quero!
Preciso de luz, preciso de brilho, preciso urgentemente de respirar!
Preciso de muito mais…o que tenho não é suficiente.
Fechaste a porta e pediste-me para aguardar, mas eu não tenho tempo.
Não insistirei mais, afinal a razão do sucedido é resultante do exagero de ambição da minha parte.
Este sentimento já não me fere, já faz parte de mim, já me faz falta.
Cansei-me de avançar contra este vento forte, de furar tempestades. Vou parar para descansar um pouco e tentar arranjar um porto de abrigo.
Preciso de gritar até ficar afónico, de gastar a pouca energia que me resta e deixar-me adormecer.
Desta vez não quero sonhar, nem acordar a meio da noite contigo no subconsciente.
Quero apenas voltar a ver-o-mar, a cheirar as flores que outrora murcharam.
Ainda me lembro como era fácil correr atrás do que queria sem me cansar, contrastando com o difícil que é andar lentamente a lutar pelo que nunca será possível.
Guardarei as asas que me deste, aquelas que me proporcionaram a sensação única de ser livre, de poder voar de olhos fechado e da sensação única que é sentirmo-nos vivos.
Com grande dificuldade esquecer-me-ei da forma como sorris, esquecerei a forma como me olhas e até mesmo do recital que diriges quando me falas. Mas de uma coisa eu nunca esquecerei, do teu odor a vida que me deixa em êxtase como se de uma poderosa droga se tratasse.
Contrariei os meus instintos e não quis ouvir a voz que dizia para não me iludir, pensei mais uma vez que agora seria diferente. Mas porque seria diferente desta vez? O que podia ter mudado assim tanto para alterar o fim da história que á tanto tem o final escrito…ignorância, só pode ter sido…

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mas o que se passa?





Crise de confiança?

Estupidez?

Infantilidade?

Talvez seja um pouco de tudo precisamente quando não podia vacilar.

Esquece....é burrice a mais...



Acordar de um descanso atribulado e com um peso na consciência quase insuportável.
Ao abrir os olhos mesmo sem pensar em nada senti-me quase asfixiado.
Tento disfarçar que não sei o que se passa ou que nada se passa, enganando-me repetidamente, acobardando-me de uma forma infantil que me envergonha (acção recorrente que pratico com grande mestria).
Dou por mim quase que a crer enfiar a cabeça debaixo da almofada e a dizer palavrões como de um descompensado me tratasse (e não sei se não é o adjectivo que melhor me qualifica…descompensado.).
Esta raiva quase cega com que acordei relativamente á minha pessoa é porque de facto eu sou capaz de ser do 8 ou 80, este extremo entre a normalidade e a estupidez abominável incomoda-me bastante.
Por feitio próprio, se passar despercebido é o ideal, mas se tiver de dar nas vistas por alguma atitude, então que seja por uma situação que de facto marque pela diferença positiva como já felizmente aconteceu inúmeras vezes e que me leva a ser reconhecido e considerado pela maioria daqueles que gosto e que estimo.
Ultrapassar certos limites que não desejamos é perfeitamente aceitável e até na minha opinião saudável e por vezes até engraçado.
O que me deixa (e aqui dá-me vontade de utilizar o bom português) “lixado” é a sistemática repetição e banalidade com que tenho abordado esta questão.
O desencadear de certas acções que leva ao desgaste da minha pessoa e a forma como alguns já me encaram enfurece-me porque me tenho transformado numa pessoa que não sou ou tão pouco quero ser.
O mais engraçado é que sei perfeitamente a origem de toda esta situação, como resolve-la (bem ou mal...azar.) mas que de repente me deparo com uma crise de confiança inexplicável e de uma imaturidade que não me lembro de ter com 16 anos.
Não me lembro sinceramente de me sentir assim tão inútil e com uma criatividade tão apurada para o disparate como nos últimos tempos.
Sinto-me cada vez mais limitado de ideias, acções, atitudes e num constante deixa andar porque o disparate já está feito.
Podia dar como desculpa a fase atribulada como começou o ano, a mistura de sentimentos e emoções que me têm invadido, mas por norma não me queixo de nada, porque cada vez mais estou certo de que o que se passa á nossa volta é resultado do que semeamos.
Tenho obviamente que rectificar a imagem que tenho deixado passar, apesar de n estar totalmente errada, está de todo desapropriada…porque não faz qualquer sentido.
A realidade é diferente do que sonhamos, do que desejamos, mas isso eu já sei, sempre soube, não estou certamente admirado que assim seja.
A vida está cada vez mais velocista no que respeita a passar por mim, e esta não é de facto o que quero nesta nova etapa da minha vida.
Estagnação emocional e de objectivos nunca foi o meu forte até porque quero sempre mais para mim, porque cada vez exijo mais de mim sem qualquer tipo de falso perfeccionismo.
Eu não sou assim, não sou o que tenho mostrado ser!
Mas também já não tenho coragem nem forças para dizer quem sou…estou cansado.
Talvez amanhã.
Nunca esquecer que o sonho comanda a vida, mas esse sonho por vezes tem como destino a desilusão.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A verdadeira excepção á regra


Sem querer dei por mim a sorrir cada vez que me lembrava de ti.
Vi que afinal passava o dia a sorrir.
Sou de facto um privilegiado por poder dizer-te nos olhas o quanto és fantástica, o quanto te adoro.


Vendo os olhos com cetim azul e torturo-me tentando não te ver.
Tenho receio que através deles percebas o que me vai na alma, que por eles sintas a melodia que o meu coração bombeia e que este deixe fugir o refrão onde diz que és a minha única fraqueza.
Insisto em fingir que não percebo, que não quero saber como me olhas, que para mim tanto faz a forma doce como me tratas…não sei porquê…talvez por sentir um medo estremecido e inquietante que nunca sentira antes.
A verdade, é que para mim que é facílimo interpretar o papel de um perfeito anormal, mas neste momento estou fazer um esforço enorme para ser um convincente ignorante.
Nesta altura, optar pela ignorância é a atitude mais inteligente das opções que tenho em mãos.
Faço por desconcertar todos os meus sentidos e propositadamente me distraio do presente para ter a desculpa que não és real, para poder argumentar de forma pouco convincente que és utopia despropositada e desenquadrada com a actual conjuntura de mentalidades e valores.
Já não sei em que acreditar, o que me leva por várias vezes a perguntar se vieste de algum mundo paralelo em que tudo é feito á imagem do que a nossa imaginação chama de perfeição.
Já não sei como adjectivar o composto da tua alma nem da tua forma de estar, porque afinal para mim és uma miragem num oásis longínquo e sem retorno, daqueles em que se entra e nunca mais se encontra o caminho de regresso.
A tua perfeição na forma de ser, de estar e em tudo o que fazes, torna-te um ser com defeito e absolutamente despropositado neste carrossel de gente remendada, improvisada, falsa e absurda que nos chama de amigos
A confiança que me inspiras é tal, que chego a naufragar de tanto respeito e admiração que te tenho, sabendo que nunca correrei o risco de me enganar em relação a ti.
Por ti ridicularizo todas as palavras de afecto e todos os gestos de amor, porque acho que nenhum estará á tua altura.
Porque acho que todos nunca serão suficientes.
Por ti exagero repetidamente até á exaustão no elogio, porque sei que nenhum definirá de facto a maravilha que te considero.
És garantidamente a excepção á regra da seguinte afirmação:
“ Ninguém é perfeito”.
A admiração e o fascínio que tenho por ti, leva a que não me deixes ser livre, leva a que me deixes sistematicamente com o pensamento em ti.
Faço muitas vezes por disfarçar mas já não consigo deixar de transparecer toda a alegria que tenho por fazeres parte activa da minha vida e de toda a luz que deste ao meu caminho por simplesmente te cruzares com ele.
Terminarei mais uma vez com uma excepção á regra daquela frase muito usada:
“Nada é para sempre”
Porque tu de facto és isso mesmo, uma excepção á maior parte das regras que conheço.
Contigo sei que é para sempre!
Comigo irás contar sempre! Sempre! Sempre!
PS. A pessoa que me refiro, no fundo saberá que é a ela que lhe dedico este texto.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Abraça-me forte, hoje acordei assim



Momentos de fragilidade e de simples carência todos têm.
Embora a maior parte das pessoas faça tabu desses sentimentos, acho que a melhor forma de ultrapassar essas fraquezas temporárias é assumindo-as.
Quem nunca se sentiu assim, que atire a primeira pedra.


Acordei assim.
E para melhor definir o que me vai na alma sou obrigado a plagiar e adaptar um trecho de uma das músicas do Rui Veloso, “ por mais amigos que tenha hoje sinto-me especialmente sozinho".
Hoje estou esgotado, não quero gastar energias a seduzir-te, não quero fazer joguinhos de palavras, nem sequer uma noite de loucura.
Quero apenas que me entendas só com o olhar, que me deixes abraçar-te forte por tempo indeterminado, quero que me dês mimos e que me acaricies o rosto.
Quero apenas deitar-me ao teu lado sem dizer coisa alguma, que me deixes olhar para ti e fazer uma viagem sem destino pelos teus olhos passando pela tua alma.
Que me deixes beijar-te sem parar e que me retribuas com um sorriso de felicidade por simplesmente estar ali contigo.
Hoje quero que me dês a tua mão e me acompanhes nos meus sonhos, quero te dar a conhecer os meus receios e medos mais íntimos, quero por momentos tirar a armadura de guerra que carrego e que tanto me pesa, quero que me conheças como realmente sou, que comeces a tratar o meu coração por tu.
Quero que me deixes descansar amparado no teu corpo e rendido em teus braços. Quero que me acordes repetidamente com mil e dois beijos.
Porque hoje, apenas isso que me faz falta.
Quero que me conheças verdadeiramente, quero apresentar-te também a minha outra faceta, aquela que me faz uma pessoa perfeitamente normal e banal, aquela que por vezes também tem momentos de fraqueza, de carência e necessidade do teu afecto.
Encosta a tua cabeça bem junto de mim, deixa-me ouvir-te respirar, deixa-me sentir o tempo passar através das batidas do teu coração e aproveitar cada segundo de paz a teu lado.
Hoje preciso de ti assim, bem junto de mim.
Deixa-me viajar pelo teu pescoço e respirar o teu cheiro, deixa-me descansar em teu corpo e absorver todo esse amor que os teus poros libertam.
Porque hoje acordei assim… frágil…e a precisar de ti.
Hoje não quero que me deixes só, especialmente hoje…
Quero junto de ti sentir o que é tranquilidade, quero-te por perto quando fechar os olhos e adormecer, mas também quero ter a certeza que lá continuarás quando acordar.
A minha independência hoje está doente e depende de ti para recuperar, precisa de ti para acalmar este turbilhão de sentimentos que me estão a baralhar a lucidez.
Afinal hoje quero tanta coisa, mas sei que estarás á altura como sempre.
Talvez nem haja necessidade de te pedir nada disto, porque afinal já me conheces mais do que eu pensava.
Talvez por tua iniciativa me dês mais do que eu precise ou mereça.
Amanhã já estarei melhor, tudo será diferente, menos o que sinto por ti, porque isso será para sempre.

Contrariando as probabilidades do jogo que se chama vida




Dentro da realidade que temos ao nosso alcance, acredito que possamos ser o que queremos.
Para isso basta acreditar e lutar por algo.
Tantas são as vezes que nos queixamos, mas quantas vezes fizemos algo para inverter a situação?
Toca a ir ao encontro do que queremos em vez de esperar que as coisas aconteçam.



O sol já vai longe, a noite cada vez se apruma mais.
Almas meio perdidas dedicam poemas á lua que hoje está especialmente bonita e iluminada.
Ao fundo para lá da poeira, vê-se um homem conformado, alguém que viu partir novamente a carruagem da vida e não sabe se ela regressará.
Vê-se um homem descrente, cansado e pouco surpreendido. Pois segundo ele, a vida é como um jogo de cartas, depende da sorte e de probabilidades para vencer.
Olho para ele e quero reconfortá-lo, mas nada do que eu lhe possa dizer o irá fazer agir de forma diferente. Cansou-se de palavras e de palmadinhas de encorajamento, agora quer apenas içar a bandeira branca de rendição e deixar-se ficar por ali, pois o mais difícil já conseguiu, interpretar as intenções do ser humano só pelo olhar.
Disse-me que ao contrário do que diz a maioria das pessoas, arrepende-se da maior parte das coisas que fez, embora muitas delas correctas.
Baixa a cabeça e murmura que nesta vida só sobrevivem filhos da puta sem escrúpulos, que os valores á muito que desapareceram.
Arrepende-se porque teve na mão várias oportunidades para seguir em frente, mas que brincou com as tais “probabilidades” de forma a perder sempre tudo neste jogo que é a vida.
Ouço-o atentamente e entendo-o quando diz que não sabe o que tem sido dele nos últimos anos. Quando diz que o seu maior erro foi ter vivido a vida por impulso.
Diz-me que está amargurado mas conformado, que a vida tem passado por ele de uma forma muito rápida. Mas que só ultimamente tem pensado nisso.
Disse-me que tem saudades de coisas absurdas como simplesmente cantar descalço na rua, de abraçar todos aqueles com quem já foi tão feliz.
Disse-me que gostava de lhes dizer que tem saudades deles, de lhes agradecer por terem passado pela vida dele de uma forma tão positiva.
Fez questão de me dizer que não estava chateado com o mundo, porque apesar de tudo ele encheu-o de coisas boas, deu-lhe a conhecer pessoas fantásticas, proporciono-lhe oportunidades únicas.
Gostava de ter dito a este homem que as coisas a qualquer momento podiam mudar, que ainda havia esperança mas não consegui mentir.
Não o podia enganar, qualquer palavra que preferisse naquele momento seria sem qualquer convicção. Também eu observara que o tempo dele já tinha passado, que qualquer coisa que viesse neste momento seria um remendo improvisado.
Custou-me ouvi-lo dizer que o sorriso já lhe pesa e que já são poucas as pessoas que o fazem sair de forma espontânea e sincera.
Disse-me que já nada lhe acelera o coração como antes, que já não lhe oferecem pétalas de Margaridas, que já não o aquecem com o olhar.
“ – Já não acredito em pessoas inocentes! “ – rematou ele.
Depois de o ouvir, de ver as suas expressões de desalento, tive medo que também em alguma fase da minha vida alguém olhasse para mim da forma que eu olhei para este homem, da pena que senti dele.
Depois disto a única coisa que me posso prometer é que de tudo farei para contrariar as “ probabilidades” que aquele homem tanto referia.
Que nunca desistirei de mim nem daqueles em que acredito.
E se por algum motivo a tal “carruagem da vida” se afastar de mim, só tenho uma coisa a fazer, correr até á exaustão para que esta não parta para sempre.
Porque a vida que temos é reflexo da pessoa que somos (tirando obviamente casos de grande excepção), que desistir nunca será o melhor caminho, que nada se conquista sem suor e muito menos sem determinação.
Que o mais importante é termos ilusão, é preciso erguer a cabeça, é preciso nunca nos subestimarmos, é preciso entender que estamos sempre a tempo de atingirmos um objectivo desde o queiramos de verdade.
Acima de tudo é preciso acreditar sempre que estamos em constate evolução e que o amanhã será sempre melhor que o hoje desde que sejamos o suficiente humildes para o aceitarmos.

domingo, 12 de abril de 2009

Como será amanhã?



Temos sempre a noção e a convicção que temos tudo sob controlo.
Hoje percebo que esse tipo de sentimento só aparece quando tudo está a descarrilar de uma forma incontrolável.


Quando não estamos sós a tua presença é cruel para os meus olhos, tuas palavras ferem-me os ouvidos e teu olhar envenena-me.
Desculpa-me por mais um beijo, por sentir que ainda te desejo.
Desculpa-me por este silêncio, por este egoísmo de ainda te crer.
Não posso deixar que te levem sem sequer tentar me opor.
Ao fundo, do outro lado da parede ainda ouço as tuas gargalhadas, daquelas que só eu te consigo arrancar.
Não quero mais esperar, não quero mais andar.
Agora quero correr, quero voar.
Não quero saber do dia em que te ganhei, nem tão pouco do dia em que te irei perder, quero apenas saber porque é que o meu suspiro ainda te atormenta.
Nunca serás minhas, nunca serei teu, discordas de mim e apelas ao impossível, por fim acabas por concordar.
Queres dar-te mais uma vez, hipotecas-me as hipóteses de recusar porque eu ainda quero mais que tu.
Dás-me um milhão de respostas e justificações para as quais ainda não tenho perguntas e insistes na racionalidade das nossas acções irracionais e irreflectidas.
Por momentos alivio o peso que carrego na minha consciência e esqueço que podemos magoar meio mundo, sem contar com as feridas que nos podemos causar sem dar por isso.
Sonhamos juntos e partimos dali a voar sem nunca sairmos do aconchego da nossa cama, construímos histórias com finais escritos á nossa maneira onde predominam os nossos mais puros desejos.
Imaginamos mil e umas formas de viver e absorvemos todo aquele momento de felicidade até á exaustão, porque para nós é e será sempre a nossa última noite.
Hoje, talvez a lua tivesse brilhado com mais intensidade, mas também as estrelas ficaram mais opacas, mais tristes por saber que existem sentimentos com tais proporções que apenas se podem alimentar nas sombras.
Tenho esperança tal como tu que esta situação nos vá desgastando, que nos afaste, mas tudo o que tem feito é nos aproximar ainda mais.
Não me perguntes o porquê de ter de ser assim, porque essa é uma pergunta estúpida, ridícula e não faz nada o teu género.
Tu dizes…chega!
Eu digo…basta!
Para quê?
Ambos concordamos que estamos a sair fora de controlo, que cada dia é mais recorrente a dependência da nossa presença, que estamos a esgotar todos os limites se é que estes alguma vez existiram.
Mais logo quando estiveres para sair por aquela porta irás abraçar-me e dizer adeus, mesmo que conscientemente saibas que não é verdade.
Também eu alinharei naquela esperança e me despeço de ti para sempre.
No dia seguinte acordaremos felizes e de sorriso nos lábios. Seremos gentis para toda a gente e cantaremos a música que está a passar no rádio porque a nossa energia ainda está mutuamente presente.
Mais tarde, quando essa energia se estiver a esgotar, moveremos montanhas e arriscamo-nos a perder em tempestades, inventamos desculpas e ludibriamos todos aqueles que possam pôr em causa mais um dos nossos momentos.
Recomeça tudo novamente, e o que era só um encontro esporádico, torna-se antes um vício recorrente e cada vez mais arriscado, doce e também necessário para o nosso equilíbrio.

domingo, 5 de abril de 2009

Relações descartáveis



Será pela variedade de oferta?
Loool, também,
mas parece-me sinceramente que existem outras razões...


Relações descartáveis, quem as não tem?
É verdade que uns precisam delas para viver, para se sentirem vivos.
Outros precisam delas para dar e consumir o carinho que por vezes a carência exige.
Outros para alimentar o ego e se acharem o máximo.
E ainda outros porque simplesmente adoptaram essa forma de estar.
Se é a melhor forma ou não, não estou em condições para responder a essa questão.
Obviamente também as tenho e por vezes mais do que queria.
Mas porquê destas relações estarem cada vez mais presentes?
Na minha opinião, o receio do compromisso, a insegurança do futuro, o medo da desilusão, o medo de termos de dar algo de nós correndo o risco de não receber nada em troca, são alguns dos factores de maior relevância para cada vez mais adoptarmos este tipo de relações.
Quando assumimos que gostamos de alguém, estamos sem sobra de dúvidas a hipotecar a nossa alma nesse preciso momento, a prendermo-nos de movimentos, a assinar uma cedência de direitos e deveres.
Mas só vemos isso quando toda a magia do conhecer e da sedução inicial já foi para longe.
E depois?
Depois já não existe nada!
Porque quanto mais o tempo avança, mais as pessoas tendem em revelar-se pelo pior que nelas existe e nunca pelo melhor.
Tendem em revelar-se surpreendentemente pela negativa, de uma forma quase que anormal, fazendo por vezes alguns de nós se interrogarem se foi realmente esta pessoa que conhecemos.
Apologista ou não de uma relação descartável, acho que é uma boa forma de nos sentimos desejados, de desejarmos alguém sem qualquer tipo de compromisso e sem qualquer tipo de promessas que não possamos cumprir.
É ir avançando com a vida sem cobrarmos nada de ninguém e principalmente sem deixar que alguém nos cobre o que quer que seja a não ser o momento.
Hoje felizmente as relações descartáveis são uma realidade.
Felizmente porque acho que é sinónimo de liberdade, é sinónimo de podermos fazer o que desejamos sem termos de nos justificar.
Não deixei de acreditar em relações baseadas no amor, apenas percebi que essas são apenas uma questão de tempo.
Não porque a mentalidade mudou, mas porque hoje temos coragem de assumir que esse sentimento é temporário.
Quantos de nós não passeamos á beira-mar com a nossa cara-metade fingindo que está tudo bem, quando na verdade queremos estar é bem longe dali, daquela mentira.
O que nos impede?
A dependência, nunca o amor.
O medo de ficarmos sós, o nosso egoísmo de não queremos ver e continuarmos a deixar andar…
Não quero de qualquer forma descredibilizar o amor e as relações sérias, até porque eu já amei muito e já tive igualmente relacionamentos sérios a ponto de me marcarem bastante de várias formas.
Não descredibilizo porque sei que de facto é possível existir esse amor.
Mas por enquanto prefiro continuar a amar de uma forma descartável, talvez por cobardia é certo.
Mas assim nenhuma das partes sairá a perder, porque partiremos do princípio que tudo acabou mesmo antes de começar.
Porque há coisas que só avançam devagar…devagarinho.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Para mim chega!!



Por vezes á que por a mão na consciência e analisar friamente algumas fases da vida (boas ou más).
Sentir que estamos sempre a tempo de rectificar situações que nos vão causando embaço e envolvendo terceiros.

Sentir a coragem e a força necessária para nunca nos acomodarmos a nada nem a ninguém.
Porque viver, significa também seguir em frente, virar a página.

Significa renovar o Ar que respiramos e as energias que consumimos.



O mesmo local, as mesmas caras, a mesma conversa a mesma merda.
Desde o inicio do ano que tem sido assim, um género de deja vu constante.
Um "replay" de situações que acabam por desgastar em vez de descontrair.
Olhares cruéis e adormecidos de almas perdidas, flashes de quem já viveu aquelas situações por inúmeras vezes.
Risos forçados e percentagem mínima de gente interessante.
Sentimentos retraídos e olhares carregadas de culpa, amarguras estampadas no rosto e ânsia de quem procura um escape da dura realidade.
Mesmo vendo tudo isso a meu redor, teimo em ser mais uma personagem desse quadro cinzento e promíscuo.
Ontem não fugiu á regra, mais uma noite igual a tantas outras, exceptuando a minha estupidez que teima em aumentar cada vez que participo no ponto de encontro de defuntos disfarçados de pessoas de mente sã.
Também eu ali deixo de ser quem sou, por mais que lute para me manter lúcido, fraquejo e vou caindo numa série de situações ridículas que me levam a conhecer um outro eu. Mais solto, mas espontâneo é certo, mas também mais exposto, mais frágil mais susceptível ao erro a ponto de me envolver em situações que nada têm a ver comigo e de por inúmeras vezes perder a noção de alguns limites por influência do meu amigo Gordon´s e das suas marionetas vivas.
Quando falo de limites, falo obviamente dos meus, os que para mim são aceitáveis, aqueles que eu por critério próprio acho que são toleráveis.
A rotina e a previsibilidade sempre foram inimigas daquele mortal que não gosta de ficar espectador, torna-o mais descrente, mais acomodado, menos sonhador, menos batalhador.
Foi assim que me tornei nestes últimos meses, quase sem me aperceber, abracei e tornei-me o principal aliado da rotina, da banalidade, da futilidade, e da descrença, sujeitei-me a certas situações e embaraços que desconhecia até ao momento.
É verdade que fiz amizades e cimentei outras tantas com meia dúzia de pessoas maravilhosas, mas também é verdade que outros tantos me desiludiram porque simplesmente a sua essência é composta por um facciosismo e por uma frustração irremediavelmente irreparável.
Não posso também esquecer que foi também este ano que por erro próprio e por querer ser leal a principio tais como a verdade, que perdi quem me devia de acompanhar neste momento.
Quem me conhece bem sabe que não cometo o mesmo erro duas vezes, e desde que este ano entrou, que a minha vida tem sido um carrossel á deriva de erros sistemáticos e acções ridículas.
Chega!

domingo, 29 de março de 2009

Hehehe, a forma como me lembro de ti



Como é que ainda existe pessoal que perde tempo a ler esta porcaria loool, ou pelo menos dizem que lêem (que é o mais provável). Quanto mais escrevo mais este blog desce de nivel, mas também do que é que estavam á espera?? Milagres?? looool.


PS. não é loool, mas sim hehehe.



Sim, é verdade!
Assumo que sou um perfeito cabeça no Ar, ando inúmeras vezes distraído.
Que só dou importância ao que realmente quero.
Mas ao que te referes, a minha perspicácia foi soberana e falou mais alto.
Se ando distraído e não vejo mais além é porque não quero, olha estou a sentir-me bem com esta minha ignorância premeditada.
Não, também não quero dizer porquê.
Apenas posso dizer-te que estou a divertir-me imenso com este “ joguinho” de cão e gato ou gato e rato se assim preferires.
Gosto de pessoas independentes, com ideias próprias, que me contradigam sistematicamente (desde que tenham um bom argumento, porque senão arraso com elas hehehe), que têm opinião própria, que me façam rir (cócegas não conta).
Lês o meu blog?
Acho fantástico!
Deves ser a única, isso é bom porque estou prestes a arranjar um patrocínio hehehe.
E por leres isto que eu chamo de blog, achas que já me conheces?
Eu não tinha tanta certeza, porque até eu não sei o que escrevo a maioria das vezes.
Achas que me podes avaliar, que me podes retratar pelo lês, então vais garantidamente perder este jogo.
Pelo que vês?
Inconstante, contraditório?
Por acaso já me tinha dito isso (será conspiração?) hehehe.
É sinal que estou a cumprir bem a minha missão.
Qual?
Não posso dizer tudo, senão perde a graça.
Diz-me uma coisa, os dias para ti são todos iguais?
É que para mim há dias em que ora faz frio ou calor,
Ora chove ou faz vento,
Ora o Benfica perde ou….perde…hehehe
E porque é que o meu estado de espírito não pode ser por vezes inconstante de acordo com o que se passa em meu redor?
Se andasse sempre de sorriso nos lábios achas que era uma pessoa mais constante?
Eu acho que não! Acho que era mais do tipo….maluquinho.
Não, não te estou a chamar de maluquinha. Ou melhor, não queria ser tão óbvio hehehe.
Mas tem sido boa esta nossa amizade, a avaliar pelos “ heheheh´s” que já escrevi neste texto dá para ver que pelo menos tem sido divertida.
Não estou presente tantas vezes quanto gostaria porque há que ser realista, se “banalizarmos a coisa” deixa de ter piada e os “hehehe´s” acabam por se perder.
Sim descomplicado é a palavra correcta, sim directo também, mas porquê?
Não achas bem?
Juro que farei os possíveis para te ver o mais breve possível…
Que tal….agora?!
Até já então…
Depois queixa-te hehehe.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os ombros suportam o mundo



Este texto que se segue não é obviamente da minha autoria (até porque este está bem escrito e é bonito hehehe).
Foi enviado por uma pessoa amiga que estimo bastante, eu decidi partilhá-lo aqui porque é algo de maravilhoso.



Carlos Drummond de Andrade.


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.



Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.



Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teu ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espectáculo,

prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.


Os versos acima foram publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Batalhas perdidas

Hoje quero mostrar a bandeira branca, agora sim está tudo bem.

Tudo continuará bem.

A batalha foi perdida, mas sempre será recordada.



Algumas vezes duvidei se conseguiria ir até ao fim, seguindo o meu caminho sem ti.
Não faço a mínima ideia!
Porque por vezes parece que esse caminho está a chegar até mim.
E de ti nunca me livrarei…
Quando te vejo a chegar, quero desistir, quero oferecer-me, quero parar de lutar.
Então olho-te e vejo que está tudo bem.
Quando vejo a tua boca sinto que posso enfrentar tudo, ganho coragem até para te enfrentar o coração.
Que por ela vejo através da luz, que te conto as lágrimas….
Quando vejo a tua boca, apenas baixo os braços e não resisto mais.
Não há nada neste mundo que me faça sentir tão importante como o toque da tua mão, dos teus finos dedos.
Não existe nada que melhor que o teu cheiro, que me chega a paralisar ao ponto de não sentir o vento nos olhos.
E porque estás aqui neste momento, o teu olhar é tudo o que sempre precisei, precisarei.
É tudo o que quero neste momento,
É tudo o que posso crer.
Vou desistir, vou mudar de batalha, esta nunca conseguirei ganhar, e não suportaria perder de novo, mas agora está tudo bem… tudo bem…
O teu olhar deixa-me perdido, embriagado, e terrivelmente só ao pondo de não reconhecer nada nem ninguém.
Mas agora podes acreditar que tudo está bem… que tudo ficará melhor….
Que com o teu calor, nunca mais sentirei frio, que com a tua luz a noite já não existe, que com o teu abraço o medo que trazia no peito fugiu.
Mas e se ele volta?
Agora está tudo bem.
Mostro-te a bandeira branca e pergunto como será o amanhã, mas para que é que eu quero saber do amanhã?
Isso agora não interessa, agora finalmente está tudo bem.
A culpa, essa á muito que se perdeu no tempo.
Eu sei que fui além do que deveria.
Boa noite,
Tudo bem,
Ficarei mudo porque agora sim, está tudo terrivelmente bem…

segunda-feira, 23 de março de 2009

Hoje gostava que tirasses a máscara



Sei que não é fácil hoje em dia agir da forma como realmente somos, a nossa vida está cada vez mais exigente em todos os sentidos, temos necessidade a agradar a gregos a a troianos.

Na minha opinião, se deixarmos cair a máscara só temos a ganhar.

Sê, tu!

Sê transparente!


Pois, eu sei que insisto muito na transparência, talvez porque para mim ela tenha um significado e um valor diferente do que tem para ti, talvez eu esteja errado. Mas mesmo assim prefiro estar sem máscara, apesar dos riscos que possa correr. Prefiro a verdade e todas as inconveniências que a acompanham. Só assim, te podem respeitar pelo que realmente és.
Achas que não é difícil, porque para ser transparente basta ser sincero e não enganar os outros.
Pois para mim é muito mais do que isso, é teres coragem de te expor, de seres frágil, de falares o que sentes.
Ser transparente é despir a alma, é deixar cair a máscara, baixar as armas, destruir as enormes barreiras que criamos durante a vida.
Ser transparente é deixar que toda a nossa doçura aflore, que o nosso sorriso aconchegue os outros, que os motive.
Mas a maior parte de nós opta por não correr esses riscos.
Preferimos a dureza da razão, preferimos o nó na garganta á lágrima que nos alivia.
Preferimos nos perder numa busca quase descompensada de respostas imediatas, a simplesmente nos entregar e admitir que estamos com medo.
Muitos preferem manter uma máscara que lhes dê sensação de protecção e assim vemo-los cada vez mais se afogando em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.
Não porque querem, mas porque se perderam de si mesmo quando criaram a tal máscara e não encontram o seu amor intenso mas apenas o contaminado.
Com o passar do tempo um vazio frio e escuro faz-nos perceber que já não sabemos dar nem pedir o que mais de precioso temos de partilhar, o sorriso fácil, a compreensão, a compaixão.
Faz-nos perceber que todos nós sofremos, que nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos em silêncio ao deitar. Um silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que ainda assim por cobardia teimamos em não mostrar a quem amamos.
Isto porque infelizmente aprendemos que é mais fácil partir para a ignorância, discutir, acusar, criticar do que simplesmente dizer:
- Pára por favor, estás a magoar-me!
- Amo-te!
-Estás linda!
-Acho-te fantástica
E sabes porquê? Porque partimos do princípio que proferir estas palavras é sinónimo de fraqueza, de tolice de insignificância para com o próximo. Quando na verdade se agirmos de coração iremos garantidamente evitar uma imensa dor.
E se por um dia deixarmos explodir a nossa ternura?
Se tentarmos não conter o choro?
Não conter a gargalhada?
Não esconder tanto o nosso medo?
Não querer ser tão invencível.
Que consigamos não controlar tanto, discutir tanto, competir tanto.
Hoje deixa cair a máscara, sê transparente, não tenhas medo apesar dos riscos que isso possa significar.
Eu vou estar por aqui....

domingo, 15 de março de 2009

Podia ter sido o dificil, mas escolhi o impossivel.


Porque eres tan ermosa y a la vez tan dificil
Porque la vida pasa y pasa y te quiero a mi vera
Si me trataste como un juguete sucio y abandonado
Si no comprendes que el amar es algo más que besarnos.

Dizes-me que não sei o que quero.
Estás enganada!
Hoje finalmente descobri o que realmente desejo mais que tudo, mas também sei que é utópico e nunca passará de um desejo.
Dizem que as coisas difíceis têm um sabor especial, mas eu sem querer escolhi o impossível.
Aconselho-te mais uma vez a não me levares a sério, embora dês várias gargalhadas, daquelas que adoro em ti e me respondas que isso não será problema.
És maravilhosa, ao ponto de aceitares que nos últimos dias tenha estado mais distante que o normal.
Não esperes muito de mim, não tenho mais para dar do que aquilo que vês.
De ti apenas espero que me recebas como sempre com esse sorriso.
Como eu preciso de te ver sorrir… é uma constante que preciso na minha vida.
Abraças-me com força e perguntas-me se é o fim, mas não te sei responder.
De tantos defeitos que tenho, gosto de destacar uma das minhas poucas virtudes. A justiça, não suporto ser injusto, muito menos contigo.
Não queres saber, dizes tu.
Gostava muito de poder dizer-te ao ouvido que:
És perfeita, ou pelo menos aproximas-te muito do meu conceito de perfeição,
Fico arrepiado com a tua presença, és doce como veludo.
Que o teu sorriso me salva quando estou sem ar,
Que aprendi a ser melhor por ti.
Que fico em êxtase só pelo facto de olhar para ti.
Que gostava de plantar uma árvore á tua porta para que te lembres de mim.
Que me fazes lembrar uma margarida num fim de tarde de primavera.
Que te quero beijar, abraçar, que quero fugir contigo para outro sistema solar.
Que quero respirar o teu Ar, encostar a cabeça no teu ombro e ouvir-te falar banalidades.
Desculpa…
Não o faço porque seria cruel, irias na hora perceber que tais palavras não eram para ti, mas sim para outra destinatária, a tal da fábula utópica, embora tudo o que te possa dizer não seja menos importante que estas palavras.
Pode parecer fria a forma como abordo tudo isto, mas é exactamente da mesma forma que gosto que me tratem. Sem rodeios, com transparência e frontalidade.
Tenho perdido muitas batalhas por querer seguir a vida de uma forma sincera e frontal. Por assumir sempre os meus erros sejam eles graves ou insignificantes, mesmo que por vezes fosse mais fácil descartar-me ou arranjar uma desculpa esfarrapada qualquer. (sabes do que falo).
Mas mesmo assim não quero mudar!
Hoje só quero ficar assim, estático, deitado ao teu lado e ficar a olhar para nada.
Só adormecer descansado ao saber que estás do meu lado como minha guardiã, como meu anjo.
Quero que fiques aqui!
Porque não quero que te afastes!
Porque me fazes falta!
Porque sei que também gostas de mim!
Porque sei que me queres bem!
Porque sabes que confio cegamente em ti!
Enfim, porque sei que quando já não houver mais ninguém eu olharei para o lado e estarás sempre aqui independentemente das circunstâncias.

Envidio a todo aquel que el amor ha encontrado
Que lo mio no es ir de flor en flor que de eso ya me he cansado
Solo queria adornar las noches com tu cara morena
Y decirte que hay corazones que no huyen de la tormenta

terça-feira, 10 de março de 2009



Talvez o grande culpado seja o tempo ele tem sido perdulário e não nos tem afastado.


Canta-me outra vez aquela melodia em que sou Primavera.
Questiono o valor da nossa existência e a transparência dos nossos beijos.
E quando já não vejo nada, tento entender o porquê da tua presença.
Talvez o grande culpado seja o tempo, ele tem sido perdulário e não nos tem afastado.
Gosto de ouvir-te gritar, de te ver dormir.
Sim é verdade, há lugares que nunca iremos conhecer.
Curas-me as feridas da alma com expressão do teu queixo e ao mesmo tempo irritas-me com esse teu olhar explicito e directo.
Tens razão, o nosso mar tem uma cor diferente quando não estamos juntos, ele é especial. Mas não por ser único, apenas por ser mais um.
Como me sinto quando não estás bem?
E tu? Como te sentes quando estou triste?
Sim adoro as tuas mãos.
Pediste-me para ser sincero mas fui obrigado a mentir.
Pedi-te para mentires mas foste exageradamente sincera.
De qualquer maneira sairei sempre a perder mesmo tende ganho tudo.
Mas a vida passa rápido, tu sabes isso,
Para que me queres para todo o sempre se nunca estás presente?
Não sei porque insisto em te querer se te evito sistematicamente.
Conta-me novamente aquela história.
Quanto mais fujo de ti, mais vezes o nosso destino se cruza.
Não foi minha intenção despertar qualquer tipo de sentimento em ti, pois em mim já nada será desperto.
Já viveste um par de vidas, quem és hoje?
Sim a noite estava fria, mas não é por esse motivo que a recordamos.
Perdoa-me se já não sou o mesmo.
Não precisas de pedir perdão por estares diferente.
Sim, foi bom! E também penso muitas vezes, mas tendo mais em recordar-me do que foi pior.
Claro que ficou! Ficará sempre, nem que seja as ervas daninhas, daquelas teimosas, que quanto mais arrancamos mais elas crescem.
Não me lembro de nenhum contracto, mas sim de um trato para ajudar a vencer o cansaço.
Hoje não quero falar e sei que tu também não.
Sei que hoje será mais um dia daqueles que acabará igual a tantos outros.
Assim será mais difícil de seguirmos.
Pediste-me que nunca te desapontasse.
Sei que nunca me desapontarás
Dizes que te apaziguou a alma…só isso.
Chamo-te vicio…apenas isso.
Proponho um pouco de silêncio e tu concordas de imediato.
Entrelaças a tua mão na minha, e fechas os olhos.
Encosto a minha cabeça á tua e ouço o teu respirar.
Aquele silêncio irá dar-nos algo de mágico, reconfortante, sempre novo e surpreendente.
A culpa é do tempo……. que não nos deixa partir.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Com a simplicidade da transparência



E quando pensamos que todas as opções foram esgotadas, aparece alguém para nos despertar a alma, alguém para partilhar...alguém lindo de se sentir..


Devagar, quase sem dar por ti apareceste como uma lufada de Ar fresco.
Com um conceito de abertura e simplicidade foste conquistando o teu espaço nos meus pensamentos.
Fizeste-me confirmar aquela minha (e de muitos) máxima que “não existem coincidências”.
Fizeste-me repensar numa frase utilizada por um amigo meu que diz:
“ Se Deus não te deu o que querias, é porque tem algo melhor para ti” (é mais ou menos isto).
O que é facto é que esta sequência situações tem acontecido, e tu és prova disso.
Tantas e tantas vezes nos deparamos com pessoas aparentemente fantásticas, daquelas que procuramos toda a vida, que nos fazem questionar o que andámos a fazer este tempo todo, mas no fundo, quando lhes olhamos fixamente nos olhos e lhes fazemos transbordar a alma vemos que tudo o que fazem é ensaiado ao pormenor, com uma frieza que custa a acreditar.
Mas mesmo assim continuamos… E porquê?
Porque mesmo sabendo que tudo não passa de um grande teatro, queremos é nos sentir como parte de algo, até mesmo de uma grande fachada.
As palavras que preferiste ontem tiveram algo de maravilhoso. Não porque disseste o que eu queria ouvir, mas porque foi dito com sinceridade.
E essa palavra “sinceridade” é tudo o que eu procuro em alguém que estimo e respeito.
Citando mais uma frase (esta não me lembro quem disse) que nunca esquecerei.
“ Todo o homem tem algo de melhor do que eu, independentemente de todos os defeitos que possa ter”
Tu minha querida, tens obviamente qualquer coisa de especial, mas nem por isso te deslumbras com protagonismos fúteis. És assim!
Gostas de dar por dar, sem nunca teres em mente o que te possa ser retribuído.
Erradias, iluminas e enches-me de amor quando me olhas.
Obrigado por ontem!
Hoje estás maravilhosa!
Amanhã estarás como sempre fantástica, porque tu mesmo quando não queres és assim…fantástica...sem truques, malabarismos ou teatro rasco de improviso.
E devagar, quase sem dar por ti apareceste como uma lufada de Ar fresco….
PS... É verdade, se caires eu levanto-te..não te preocupes loool...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ilusão?!


Não sei se foi ilusão ou se tu estiveste aqui, a única coisa que sei é que foi bom, igual a tantas outras.


Se voltas?


Espero que sim!



Ao vento, sobre a mais fresca e doce das brisas, passeias o teu cabelo negro.


Sobre o pôr-do-sol caminhas como se de uma miragem se tratasse.


Ouvem-se ao fundo as gaivotas, respiro fundo e caminho em tua direcção.


Vou deixando pegadas leves a cada passo que dou no fino e dourado areal.


Quanto mais caminho em tua direcção, mais tu te afastas.


Sinto a tranquilidade do mar, de alguém que te vai alcançar.


A rebentação das ondas é feita ao ritmo da batida do coração.


Mas quanto mais caminho em tua direcção mais tu te afastas.


O teu lenço branco voa em direcção a sul, perdendo-se além do horizonte.


O vento traz-me o teu cheiro, que misturado com o odor do mar me deixa vulnerável.


Apresso o passo, as peugadas ficam mais pesadas, o coração acelera.


Mas tu cada vez te afastas mais.


Paro, fecho os olhos e por segundos viajo não sei para onde.


O teu cheiro fica mais intenso e eu não quero abrir os olhos.


Começo a sentir a tua presença, a tua energia, o teu toque.


O vento empurra os teus cabelos molhados contra o meu rosto.


Dás-me a mão.


E eu continuo de olhos fechados.


Segredas-me ao ouvido.


A água do mar já me bate nos pés.


Eu continuo de olhos fechados.


Sinto o teu sorriso.


Com as minhas mãos percorro as linhas do teu rosto, dos teus lábios.


Tu continuas a sorrir.


Eu continuo de olhos fechados.


De olhos fechados, consigo ver as cores do arco-íris com uma nitidez quase estúpida.


Abro os olhos.


Deixo de te ver.


Mas o teu cheiro continua comigo, teu sorriso permanece em minha memória.


Continuo o meu caminho….


Tu….há muito que continuaste o teu.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Uma fuga do silêncio


Existem dias especiais, daqueles que não suportamos nada nem ninguém.

O nosso primeiro instinto é fujir e quando já nos encontramos bem longe do que nos apoquenta, a paz regressa.




Acordei perto das 22h00, tinha estado a trabalhar toda a noite.

Acordei com um silêncio estranho e nada comum, um silêncio que me rasgava os tímpanos, que me estoirava a cabeça.
Tinha de sair, estava a sufocar com aquela paz.
A noite não estava para brincadeiras, muita chuva e vento, mas mesmo assim tão tranquila e deserta que me dava vontade de gritar.
Entrei no carro com o intuito de ir para um lugar animado, com gente, com barulho.
Toda aquela tranquilidade estava a dar cabo de mim.
Liguei a música e aumentei o volume para o máximo.
Cheguei ao local de costume, pessoal não faltava, estava tudo em grande animação.
Mas comigo algo não batia certo, aquele silêncio e aquele aperto acompanhava-me.
Bebi um gin tónico (para variar) apressado e desculpei-me aos presentes que tinha coisas para fazer. Tinha de fugir dali para meu bem, estava quase a explodir e tudo isto por um silêncio atrofiante que teimava em não me deixar.
Entrei novamente no carro, aumentei novamente o volume do rádio e pus-me á estrada.
Destino?
Não faço ideia.
Mas só ai consegui encontrar a paz necessária para afastar aquele silêncio sufocante que me estava a corroer.
Andei algumas horas, sentia-me bem…
Dei por mim estava nas portagens de Grândola
- Que se lixe, mil fontes é já aqui!
Eram quase três horas da madrugada quando cheguei, fui dar uma volta pela vila, já é praxe para sentir aquelas energias positivas que só ela me transmite.
Não se ouvia literalmente nada!
Mas ao contrário daquele silêncio anterior, este trazia paz, calma, tranquilidade e liberdade…
Sentei-me num dos bancos de madeira que existem na avenida principal da vila e fumei um cigarro. Observei tudo á minha volta como se fosse a primeira vez.
Não queria que aquele momento acabasse nunca, é difícil adjectivar tais emoções.
Gostava que na altura estivessem comigo meia dúzia de pessoas que amo para partilhar tal paz.

Acabei de fumar e dirigi-me para Almograve, a chuva voltava a cair com intensidade, parei o carro junto ao miradouro e simplesmente me deixei embalar pelo som furioso do mar e pela serenata que a chuva me dedicava.
Já de manhã, depois de um sono tranquilo daqueles que já não tinha á muito, recordo que a minha primeira expressão foi um sorriso.
No regresso pensei nos felizardos que são aqueles que têm a sorte da sua primeira acção do dia ser sorrir.
Pensei em como tudo seria mais fácil se assim fosse.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

É assim que eu te sinto


Hoje, como te prometi, irei também reservar um espacinho para ti no meu
Pensamentos&Baboseiras.
É fantástico, porque mesmo antes de começar a escrever já estou com um sorriso parvo nos lábios.
É fantástico porque este sorriso é reflexo da forma como me recordo de ti.
Com um sorriso enorme, com um sorriso incandescente que faz incendiar tudo á tua volta.



Minha querida amiga,
Podia começar este texto que te dedico com as perfeitas banalidades que ouves diariamente, tais como:
Que és linda!
-Mas quem é que não te diz isso?
Podia dizer-te que és simpática.
-Mas isso todo o mundo vê!
Podia dizer-te que ás super divertida.
-Mas isso é óbvio, basta ouvir as gargalhadas que se ouvem em teu redor.
Assim sendo vou apenas falar na forma como te sinto e te vejo.
Entendo que para falarmos de alguém, temos de conhecer não só aquilo que vemos mas também aquilo que sentimos.
Espero que não fiques surpreendida.
Escrever qualquer coisa de diferente do que se segue seria falso.
Sinto-te de facto uma grande amiga, apesar do pouco tempo que privamos, mas como sabes a quantidade nunca se sobrepôs á qualidade. Daí, á bem pouco tempo teres sido promovida a confidente principal hehehe!
Sinto-te sempre com esse olhar mágico que erradia ternura e tranquilidade.
Entendendo porém, que esse olhar embora seja sempre acompanhado pelo teu sorriso magistral e anestesiante, por vezes não seja só felicidade.
Sinto as tuas palavras como notas musicais de baixo tom, daquelas que nos acalma e nos tranquiliza.
Sinto quando estás mais alegre, mais triste, mais extrovertida, mais na lua.
Sinto a essência do que realmente és, não só a capa que dás a conhecer.
Vejo-te com uma maturidade fantástica!
Vejo-te como uma lutadora (sim, porque essa carinha frágil que dá vontade de apertar não me engana!).
Vejo-te como dedicada, empenhada, perfeccionista, mas vejo-te principalmente como uma pessoa de uma lealdade fantástica.
Enfim, és uma pessoa maravilhosa mas de uma forma muito simples e para mim isso chega.
Sendo tu humana, não és com certeza perfeita.
Deves ter imensos defeitos como todos os mortais, mas esses vou ter de me empenhar a fundo pois ainda não conheço.
Sabes que o meu carinho por ti é demais evidente, por isso estou grato pela tua “amizade.”, Essa palavra que todos nós pronunciamos e apregoamos tantas vezes sem saber o seu real significado.


PS. – Normalmente não coloco os nomes dos destinatários das minhas “baboseiras”, vou abrir uma excepção para que todos saibam quem me refiro.
Para ti RUTINHA!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Porque não saem as palavras?


Tantas são as veszes que somos traídos pelo nosso coração.
Será ele o nosso maior inimigo?
Começo a achar que aliado não será garantidamente.


01 De Fevereiro de 2009


Hoje decidi escrever-te.
Faço rabiscos com a caneta e não sai nada.
Sem querer entorno uma garrafa de cola que está na minha secretária.
Tenho de me levantar e ir até á marquise fumar, coloco os phones nos ouvidos com uma música que talvez me possa inspirar.
Continua sem sair nada.
- Logo eu, que mesmo com uma escrita atrofiada consigo com alguma facilidade exprimir os meus sentimentos e passa-los para o papel.
Queria dizer-te obrigado pela tua amizade, mas de uma forma mais floreada, mas não sai nada de jeito.
Que gosto de ti! Mas isso não é novidade, tu sabes isso.
- Bem, começo a ficar preocupado, brancas destas não são normais em mim!
Devia ser extenso o texto quando penso em falar de ti…das tuas qualidades e forma de ser.
Ok, desisto por agora, talvez amanhã ou depois esteja mais inspirado.

02 De Fevereiro de 2009


Bem, pensei realmente que fosse hoje que conseguisse escrever um texto bonito e cheio de sentimento para te dedicar.
Porque acho que mereces, porque acho que ias gostar…
Será que devo ficar preocupado? É que escrevo sobre vários temas com uma simplicidade incrível e quando quero falar sobre ti e o que significa a tua amizade vacilo.
O que quero escrever tem de ser especial, por isso já vi que não pode ser hoje…mais uma vez quero falar de ti e bloqueio, é melhor tentar outra altura.

04 De Fevereiro de 2009


Já parti uma caneta com os dentes, fui buscar um lápis e parti-o também contra o papel.
Afinal sim, tenho de me preocupar.
Normalmente a minha escrita reflecte-se no meu estado de espírito, numa mensagem que queira passar, ou simplesmente num desabafo que queira fazer em vez de falar sozinho.
Mas tudo o que escrevo tem um fundo de sentimento puro e verdadeiro.
É uma forma de me sentir livre.
Hoje entendo que quando te quis dedicar um texto de grande “amizade” não estava a ser verdadeiro comigo e por isso o meu bloqueio.
As palavras não saem, porque ponderadamente quero escrever um texto que o coração não aprova, pede para escrever outra coisa.
Afinal é mais complicado do que eu estava á espera.
Não gosto de falar em pura utopia nem de metas que desafiam a própria lei da física, por isso ficarei aqui.
Não, não estou a desistir, apenas existe alturas em que temos de ser lúcidos e acreditar que “ final feliz” só existe em filmes de banda desenhada. Pois até os realizadores das grandes produções já optam por finais mais dramáticos.
Vou pensar muito bem de que sentimento se trata, por isso não estranhes a minha ausência.
Queria gritar uma asneirola e dizer:
Não pode ser!
Como não me apercebi disto?
Quando e como aconteceu?
-Bem...há coisas piores

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tudo o que te dei, tu me deste a mim

A verdadeira felicidade apenas a sentimos por momentos, todos os que dizem que ela é constante nunca foram verdadeiramente felizes.
Há que aproveitar estes momentos, porque eles são curtos e fogem quando menos esperamos.

04.02.2009
Deixaste um infinito de coisas para trás para te mudares para junto de mim.
Ficaste vizinha do meu coração,
Mostrei-te a minha rua, os meus bares, os meus cantos.
Apresentei-te aos meus conhecidos.
Aos meus amigos.
Ouvia as tuas deixas.
Ouvia-te a cantar as tuas esperanças.
Os teus desejos.
Ouvia a tua música.
Tu ouvias a minha.
Ouvias o meu reclamar.
Ofereci-te gomas,
Deste-me uma almofada.
E um dia, beijaste-me,
Eu abracei-te.
O tempo passava.
O tempo corria.
E tudo era tão fácil, tudo era simples.
Livre.
Tão novo e único.
Íamos ao cinema.
Íamos dançar.
Às compras.
Riamos.
Tu choravas.
Nadávamos,
Corríamos
De tempos a tempos tu gritavas sem nenhum motivo.
Algumas vezes gritavas com razão.
Sim, por vezes com toda razão.
Acompanhava-te ao emprego.
Esperavas-me no meu.
Via-te a dormir,
Acordavas-me com beijos.
Eu sorria,
Tu dançavas.
Um dia partiste,
E eu também….

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ao abrigo da sensibilidade.


Quantos de nós não nos deparamos com situações destas no dia a dia e preferimos pensar que está tudo bem, simpelesmente ignoramos ou não queremos saber...
01.02.2009
Eram quase 23h00, estava em direcção á CGD onde trabalho.
Parei para beber café junto á Univ. Ciência Humanas e comentava-se para lá mais uma derrota do meu glorioso, com Camacho como treinador.
Após ouvir várias barbaridades futebolísticas que todos nós apregoamos nestas situações, ouço uma observação de grande cultura e conhecimento com a particularidade de ser original.
Ao olhar para o lado no intuito de ver quem tais palavra tinha pronunciado, espanto-me!
Espanto-me mas comigo, eu por regra não crio estereótipos e mesmo assim fiquei surpreendido.
Um sem abrigo, de barbas grandes e olhos muito vincados.
Volto a olhar e ele repete o comentário.
Ripostei com uma das minhas teorias, e é óbvio que a conversa animou.
Animou de forma a que nem tivesse dado pelo passar do tempo e o diálogo tivesse pendido para a política e entre outras coisas.
Convidei-o a beber um café ao balcão e ele aceitou. (ainda que me sentindo observado pelo olhar de ingnorância de alguns presentes)
A conversa continuou com grande entusiasmo, sem que por alguma vez me lembrasse que ele era sem abrigo.
No fim e porque estava atrasado, despedi-me dele com um aperto de mão, situação esta que o deixou embaraçado pois tinha a mão um pouco encardida.
Apertei-lhe a mão com toda a força que tinha de modo a que ele percebesse que eu não tinha esse preconceito.
Segui o meu caminho em direcção ao meu trabalho, mais cerca de 200 metros.
Nesse caminho aquele homem que não tive o prazer de saber seu nome não me saiu da cabeça.
Lembrei-me da conversa agradável que tivemos como duas pessoas normais que somos, do cetim e conhecimento que trazia cada palavra sua, dos olhos enrugados de quem já riu muito, com expressão de quem já tinha sofrido bastante, mas principalmente de alguém derrotado, de alguém que vivia por viver, de alguém que já não se interessava pelo passar do tempo.
Aquilo mexeu comigo, nas doze horas seguidas não pensei em mais nada senão na sua expressão e na dor do seu olhar.
Nos três dias seguintes passei por lá á mesma hora na esperança de o ver.
Gostava de ter conversado mais com ele, no intuito de lhe perguntar como tem sido a sua vida, se ele estava bem, porquê de estar naquelas condições, de lhe dizer que ainda havia esperança, que afinal ainda era possível, mas sem sucesso, nunca mais vi tal alma.
Ainda hoje sinto um vazio e me interrogo como a vida de uma pessoa pode mudar desta forma.
Porque não fazemos mais por este flagelo?
Porque achamos que estas pessoas não merecem outra oportunidade independentemente de algum erro que tenham cometido?
Porque razão continuamos a ignorar aqueles que simplesmente não tiveram escolha?
Porque razão é que nos fechamos no nosso egoísmo de nos queixamos da vida por coias tão fúteis?
Porque nos habituámos a aceitar a felicidade daqueles que encontram um pouco de pão no lixo para sobreviver e fazemos um imenso drama por outros que andam deprimidos por não poderem ir de férias para as Caraíbas (ridículo).
Porque é que não queremos ver isto?
Porque é que é mais fácil não fazer nada?
Porque ignoramos?
Talvez porque somos verdadeiros ignorantes com o bónus de ainda sermos mesquinhos, egoístas e indiferentes a tudo a que não seja em nosso beneficio.
PS...peço desculpa ao meu colega..com tudo isto cheguei tarde ao trabalho..loool.

Onde quer que estejas, é a ti que agradeço


Este texto é uma parte muito resumida do que queria dizer á pessoa que sempre tomou conta de mim e me ensinou a ser homem.



31.01.2009


Hoje acordei com os olhos encharcados, ainda que com um sentimento de paz, aconchego e conforto sem igual.
A resposta a tais sentimentos é óbvia.
Tinha tido mais um dos milhares de sonhos que tenho contigo, dom que faz com que te tenha muito presente na minha vida desde que partiste para outro lugar.
Tenho tentado várias vezes escrever-te, tentando exprimir-me a gratidão que tenho para contigo por tudo o que fizeste por mim durante tantos anos.
Mas não tenho conseguido, não me sinto nem nunca me sentirei á altura para falar de ti avó tal foi (e para mim continua a ser) a tua grandeza como ser humano.
Falar de ti é sinónimo de Amor, esperança, fraternidade, inspiração, valores inatingíveis… de paz…
Tantas são as coisas que te quero dizer que chego a bloquear, e nem mesmo um disparate dos meus chega a sair.
Gostava de te dizer que não sei á quanto tempo partiste hehehe, Juro que não sei e também não quero saber! Ao fim de contas tu sempre estiveste aqui.
Quero dizer-te que todos os dias sem excepção, olho para o céu e sorrio.
Não porque saiba que agora vives lá, mas porque o que encontro mais parecido contigo são as estrelas (com um pouco menos de brilho).
Todos os dias…..
Quero dizer-te que falo e continuarei a falar contigo (nem sempre me respondes mas não faz mal).
Gostava de agradecer-te pelo facto de nunca teres desistido de mim, por seres mãe, pai, irmão, irmã e principalmente amiga e anjo da guarda.
Agradecer-te pela educação e pelos valores que me incutiste e fizeste acreditar.
Agradecer-te pelo amor incondicional que sempre me deste.
Agradecer-te por sempre me teres feito o teu menino, por me respeitares, por teres sido tu.
Escrevo-te esta carta sem qualquer tipo de tristeza, porque poucas pessoas se podem gabar de não terem ficado com nada por dizer a alguém que amam.
E eu sou feliz porque te o disse nos olhos!!
Escrevo-te com a alegria de alguém que foi abençoado pelo facto de ser teu neto.
Escrevo-te porque me fazes falta.
Escrevo-te porque tenho falta de te abraçar e de olhos fechados me sentir seguro em teu colo.
Escrevo-te porque tenho saudades das tuas gargalhadas, dos teus olhos, do teu olhar da tua expressão…da tua ternura e bondade.
Escrevo-te porque és o meu exemplo de vida, porque és a minha heroína.
Escrevo-te porque sei que toda a tua vida lutaste, foste uma guerreira de muitas batalhas e uma vencedora em prol dos teus e de quem amavas.
O que seria de mim se não fosses tu? Garantidamente menos do que sou hoje.
Escrevo-te porque quero dizer que seja na alegria ou na tristeza é o teu nome que eu grito…. Sempre!!!
Mas tu sabes disso….
Sempre soubeste tudo…
Mas eu também sei de algumas coisas.
Sei que quando estou triste ainda és tu que me aconchegas, que quando estou feliz tu sorris, que quando caio és tu que me ergues, sei que jamais me deixarás.
Apenas obrigado e até já!!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Mouraria....

Apenas...
De : alguém…
30-01-2009


Finalmente chegava o Sábado!!, E aquele menino tinha mais uma vez uma grande prova de confiança, uns diziam:“ele ainda é muito novo para ir para ali sozinho!”. Respondia uma avó babada “ o meu menino já é um homem!! O que é que tu julgas?. É claro que consegue!!E assim era, o menino de peito cheio de Ar com um olhar cintilante chegava finalmente ao cais de Cacilhas. O cacilheiro com destino a Lisboa era já ali.Recordo a brisa daqueles 15 minutos de travessia como se fosse hoje. O cheiro da água salgada, o olhar de admiração para com a outra margem, o barulho das cancelas do velho porto do terreiro do Paço, o som das gaivotas agitadas, o vendedor ambulante, o cheiro a castanha assada a fila enorme de táxis da velha feira....São memórias bem vincadas no peito.Lembro da caminhada que fazia pela velha rua da Madalena, sempre olhando para trás seguindo os conselhos da única pessoa que realmente me amou e que jamais em tempo algum poderei retribuir.Chegava finalmente ao destino, àquele bairro mágico que muita gente apelidou como o retiro da Severa, – Consigo ainda sentir o cheiro da sardinha que o vizinho do 1º andar assava com dedicação, os acórdãos desafinados da guitarra que teimava em encantar, das pessoas humildes e de bom coração, do amor daquelas gentes, da liberdade que sentia naquele bairro de seu nome Mouraria.Local onde aprendi a ser grande parte daquilo que sou hoje, local que me encanta e que ainda hoje me faz sonhar.São estes sentimentos, imagens, e cheiros que jamais esquecerei. Foi lá talvez a primeira paixoneta, a verdadeira felicidade....e como eu era feliz....mesmo de joelhos esfolados e lambuzado de gelado, as longas noites de brincadeiras enquanto toda a gente daquele bairro se reunia de cadeirinha na mão a queixarem-se da vida e a consolarem-se uns aos outros....Mas sempre de sorriso rasgado, era lindo de ver. O castelo de São Jorge.....Que saudade é esta?Que aperto é este?Esta é uma saudade que magoa!!Magoa tanto que nem sei explicar!!Esta nostalgia sufoca-me!!Não consigo respirar!!As lágrimas ainda caem...São energias e sentimentos ainda muito presentes.Memórias muito vivas cravadas no coraçãoFui tão feliz com tão pouco, mas por tão pouco tempo....Obrigado Mouraria!!!!

Porque tu és simplesmente maravilhosa!


Sem te querer de alguma forma expor, sinto que também tu mereces estar aqui no meu cantinho.

15-01-2009

Egoísmo, palavra simples e crua q me descreve!
Insistes pela milésima vez e justificas q o coração n escolhe seu destino.
-Frio! Está muito frio….dás-me um cobertor
Triste! Eu estou triste!!....dás-me o abraço mais aconchegante do mundo
Estou em baixo! …..segundos depois sinto-me um incrível.
Se amo!.... Tu aconselhas….
Se falho!……. Tu desculpas…
Se faço merda tu perdoas…
Acompanhas-me á quanto tempo?
Quantas vezes te perguntaram se estavas bem?
Diz-me quanta vezes deixaste de ser feliz por mim?
Quantas vezes deixaste de ser quem eras por mim?
Porquê aqueles dias de blá blá blá….?? E tu morta por dentro apenas me davas a mão?
Porque é q só hoje me disseste isso?
Porquê?
Sabes q vivo ao sabor do vento…amo sem medos 1000x por ano, amar para mim é sentir-me vivo (tb n tenho tido sorte looool).
És Linda, fantástica, brilhante e principalmente MINHA amiga…complemento da minha vida….TENS SIDO TUDO!Darei a vida por ti, amanhã repetidamente! És felicidade constante
Sei que te cansaste, ontem foi tarde!!
Se eu pudesse fazer o tempo voltar atrás, não mudaria os meus sentimento mas estaria mais atento ao felizardo q fui estes anos.
Amo-te!!! Amo-te!!!! Amo-te!!! Repetidamente…vezes sem conta….á minha maneira é certo….mas amo-te!!Muito obrigada!

Um dia direi que estou feliz....E hoje é o dia


27-01-2009


Partiste um dia sem explicar.
Porquê?
Respeitei…., não entendi mas juro que respeitei….
Dia após dia, a minha vida foi um caminhar pelo deserto da desilusão.
Não estava preparado!
Acreditei piamente em ti!
Porquê agora?
Sinto-me verdadeiramente tentado!
Mas também me sinto verdadeiramente curado desta doença que foste tu.
É ridículo pensares que não avançaria, é ridículo pensares que hoje estaria aqui para ti, é ridículo pensares que sem ti não seria capaz.
Perdão?!
Claro que sim!
Á minha maneira mas claro que sim!
Sim, estou feliz!
Porquê agora?
O mais engraçado é que me senti verdadeiramente culpado, sem ter culpa nenhuma.
Hoje olho para trás e sorrio.
O que eu tinha dado na altura para ouvir as palavras que me disseste hoje…
Mas nem tudo foi mau, raramente me queixo do que tenho ou não, e tu não és excepção.
Mas explica-me porquê agora?
Fazes-me rir….n quero saber o que sentes, o que pensas nem tão pouco o que prometes, mas quero que saibas o que sinto!
Sinto que hoje estou verdadeiramente feliz, talvez como nunca pensei vir a estar.
Sim ultrapassei o impensável! E sim, não quero saber!E sim é assim que quero estar!
Vou abrir este blog com uma carta cheia de emoção já enviada á bastante tempo, aliás á tanto que já esqueci quanto.
É inacreditável a perda de descernimento que nos invade en certas alturas da vida.


-Querida! Encontrei-te e perdi-me, sinto e digo coisas que jamais pensei e desconhecia…Desejo a cada instante ver-te, ouvir-te, sentir-te… Adorava partilhar contigo o meu amor, a minha felicidade, o meu corpo, a minha alma, os meus pensamentos, as nossas alegrias e tristezas.Quero te dizer também que foste a única mulher que mexeu comigo de forma muito séria…
A tua voz entrou e não saiu mais do meu pensamento, tocou em algo muito profundo, invadindo-me mesmo na totalidade. Prometeu transformar tudo, eu cedi, pois as forças físicas são menores do que o amor que sinto por ti, pela primeira vez estou a deixar o coração tomar decisões, posso magoar-me, posso destruir-me, posso sufocar, mas não posso perder a oportunidade de ser eternamente feliz… (eu preciso!)Provei-te, saboreei aquilo que toda a minha vida procurei, o amor, o desejo, o prazer… perdi-me ao encontrar estes sentimentos, quero que este sabor seja eterno e que ninguém, nem mesmo o tempo, destrua o sentimento simples mas alucinante e também o que mais prazer me deu saborear!Amor! Onde estou neste momento não é possível observar o céu, também por isso não te consigo ver minha estrela! Mas também não é importante, com turbulência ou não, a verdade é que contigo conheci o amor e este continua a permanecer, espero eterno, independentemente do seu aspecto no meu coração… Amar é uma sensação estranha, nova, é desejar, sentir que o nosso pensamento foi invadido por algo tão forte, que comanda tudo, não me consigo concentrar, penso em ti, como se o mundo só a ti se resumisse… Amo-te!Quando tenho a sensação, que te perdi, perco tudo aquilo que procurei, e quando não procurava, alguém me mostrou, que se pode amar e ser amado, que se pode desejar e ser desejado…Nunca te esqueças de quem jamais se esquecerá de ti, Querida, és e serás sempre o meu grande amor! O amor da minha vida... apesar do pouco tempo que te tive, e por isso, penso em ti como se estivesses aqui... Fecho os olhos e vejo-te como no nosso primeiro dia. Mas vida segue e sei que já não me vês como o teu amorzinho embora nunca tivesses coragem de mo dizer...Esta semana tentarei dar oportunidade a quem me implorou amor e felicidade, não por amor, mas porque sinto necessidade de preencher o enorme vazio que a tua ausência e "desamor" provocou no meu cada vez mais pequeno coração... Não te quero esquecer, esquecer o nosso amor. Faz parte da nossa vida, mas nesta encruzilhada que é a vida, tenho de tomar uma decisão e seguir (feliz, espero...) em frente e desejar que o amor volte a ocupar de novo o espaço (que me mostraste e já foi teu) vazio do meu coração.Sei que cada um sente a mágoa á sua maneira, mas também sei que todos merecem uma oportunidade. Isso não foi possível porque assim o entendeste e espero que tenha sido por ti. RESPEITO-TE!Na vida ganhamos e perdemos muitas vezes. Ao conhecer-te ganhei mais do que algum dia possa retribuir-te. Muito obrigada! Quando um dia te olhei nos olhos e te disse com todas as letras que te amava mais do que tudo e quando te disse que eras o meu mundo …falei sério, .