terça-feira, 26 de maio de 2009

A verdadeira excepção á regra


Sem querer dei por mim a sorrir cada vez que me lembrava de ti.
Vi que afinal passava o dia a sorrir.
Sou de facto um privilegiado por poder dizer-te nos olhas o quanto és fantástica, o quanto te adoro.


Vendo os olhos com cetim azul e torturo-me tentando não te ver.
Tenho receio que através deles percebas o que me vai na alma, que por eles sintas a melodia que o meu coração bombeia e que este deixe fugir o refrão onde diz que és a minha única fraqueza.
Insisto em fingir que não percebo, que não quero saber como me olhas, que para mim tanto faz a forma doce como me tratas…não sei porquê…talvez por sentir um medo estremecido e inquietante que nunca sentira antes.
A verdade, é que para mim que é facílimo interpretar o papel de um perfeito anormal, mas neste momento estou fazer um esforço enorme para ser um convincente ignorante.
Nesta altura, optar pela ignorância é a atitude mais inteligente das opções que tenho em mãos.
Faço por desconcertar todos os meus sentidos e propositadamente me distraio do presente para ter a desculpa que não és real, para poder argumentar de forma pouco convincente que és utopia despropositada e desenquadrada com a actual conjuntura de mentalidades e valores.
Já não sei em que acreditar, o que me leva por várias vezes a perguntar se vieste de algum mundo paralelo em que tudo é feito á imagem do que a nossa imaginação chama de perfeição.
Já não sei como adjectivar o composto da tua alma nem da tua forma de estar, porque afinal para mim és uma miragem num oásis longínquo e sem retorno, daqueles em que se entra e nunca mais se encontra o caminho de regresso.
A tua perfeição na forma de ser, de estar e em tudo o que fazes, torna-te um ser com defeito e absolutamente despropositado neste carrossel de gente remendada, improvisada, falsa e absurda que nos chama de amigos
A confiança que me inspiras é tal, que chego a naufragar de tanto respeito e admiração que te tenho, sabendo que nunca correrei o risco de me enganar em relação a ti.
Por ti ridicularizo todas as palavras de afecto e todos os gestos de amor, porque acho que nenhum estará á tua altura.
Porque acho que todos nunca serão suficientes.
Por ti exagero repetidamente até á exaustão no elogio, porque sei que nenhum definirá de facto a maravilha que te considero.
És garantidamente a excepção á regra da seguinte afirmação:
“ Ninguém é perfeito”.
A admiração e o fascínio que tenho por ti, leva a que não me deixes ser livre, leva a que me deixes sistematicamente com o pensamento em ti.
Faço muitas vezes por disfarçar mas já não consigo deixar de transparecer toda a alegria que tenho por fazeres parte activa da minha vida e de toda a luz que deste ao meu caminho por simplesmente te cruzares com ele.
Terminarei mais uma vez com uma excepção á regra daquela frase muito usada:
“Nada é para sempre”
Porque tu de facto és isso mesmo, uma excepção á maior parte das regras que conheço.
Contigo sei que é para sempre!
Comigo irás contar sempre! Sempre! Sempre!
PS. A pessoa que me refiro, no fundo saberá que é a ela que lhe dedico este texto.

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