quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mas o que se passa?





Crise de confiança?

Estupidez?

Infantilidade?

Talvez seja um pouco de tudo precisamente quando não podia vacilar.

Esquece....é burrice a mais...



Acordar de um descanso atribulado e com um peso na consciência quase insuportável.
Ao abrir os olhos mesmo sem pensar em nada senti-me quase asfixiado.
Tento disfarçar que não sei o que se passa ou que nada se passa, enganando-me repetidamente, acobardando-me de uma forma infantil que me envergonha (acção recorrente que pratico com grande mestria).
Dou por mim quase que a crer enfiar a cabeça debaixo da almofada e a dizer palavrões como de um descompensado me tratasse (e não sei se não é o adjectivo que melhor me qualifica…descompensado.).
Esta raiva quase cega com que acordei relativamente á minha pessoa é porque de facto eu sou capaz de ser do 8 ou 80, este extremo entre a normalidade e a estupidez abominável incomoda-me bastante.
Por feitio próprio, se passar despercebido é o ideal, mas se tiver de dar nas vistas por alguma atitude, então que seja por uma situação que de facto marque pela diferença positiva como já felizmente aconteceu inúmeras vezes e que me leva a ser reconhecido e considerado pela maioria daqueles que gosto e que estimo.
Ultrapassar certos limites que não desejamos é perfeitamente aceitável e até na minha opinião saudável e por vezes até engraçado.
O que me deixa (e aqui dá-me vontade de utilizar o bom português) “lixado” é a sistemática repetição e banalidade com que tenho abordado esta questão.
O desencadear de certas acções que leva ao desgaste da minha pessoa e a forma como alguns já me encaram enfurece-me porque me tenho transformado numa pessoa que não sou ou tão pouco quero ser.
O mais engraçado é que sei perfeitamente a origem de toda esta situação, como resolve-la (bem ou mal...azar.) mas que de repente me deparo com uma crise de confiança inexplicável e de uma imaturidade que não me lembro de ter com 16 anos.
Não me lembro sinceramente de me sentir assim tão inútil e com uma criatividade tão apurada para o disparate como nos últimos tempos.
Sinto-me cada vez mais limitado de ideias, acções, atitudes e num constante deixa andar porque o disparate já está feito.
Podia dar como desculpa a fase atribulada como começou o ano, a mistura de sentimentos e emoções que me têm invadido, mas por norma não me queixo de nada, porque cada vez mais estou certo de que o que se passa á nossa volta é resultado do que semeamos.
Tenho obviamente que rectificar a imagem que tenho deixado passar, apesar de n estar totalmente errada, está de todo desapropriada…porque não faz qualquer sentido.
A realidade é diferente do que sonhamos, do que desejamos, mas isso eu já sei, sempre soube, não estou certamente admirado que assim seja.
A vida está cada vez mais velocista no que respeita a passar por mim, e esta não é de facto o que quero nesta nova etapa da minha vida.
Estagnação emocional e de objectivos nunca foi o meu forte até porque quero sempre mais para mim, porque cada vez exijo mais de mim sem qualquer tipo de falso perfeccionismo.
Eu não sou assim, não sou o que tenho mostrado ser!
Mas também já não tenho coragem nem forças para dizer quem sou…estou cansado.
Talvez amanhã.
Nunca esquecer que o sonho comanda a vida, mas esse sonho por vezes tem como destino a desilusão.

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