Temos sempre a noção e a convicção que temos tudo sob controlo.
Hoje percebo que esse tipo de sentimento só aparece quando tudo está a descarrilar de uma forma incontrolável.
Hoje percebo que esse tipo de sentimento só aparece quando tudo está a descarrilar de uma forma incontrolável.
Quando não estamos sós a tua presença é cruel para os meus olhos, tuas palavras ferem-me os ouvidos e teu olhar envenena-me.
Desculpa-me por mais um beijo, por sentir que ainda te desejo.
Desculpa-me por este silêncio, por este egoísmo de ainda te crer.
Não posso deixar que te levem sem sequer tentar me opor.
Ao fundo, do outro lado da parede ainda ouço as tuas gargalhadas, daquelas que só eu te consigo arrancar.
Não quero mais esperar, não quero mais andar.
Agora quero correr, quero voar.
Não quero saber do dia em que te ganhei, nem tão pouco do dia em que te irei perder, quero apenas saber porque é que o meu suspiro ainda te atormenta.
Nunca serás minhas, nunca serei teu, discordas de mim e apelas ao impossível, por fim acabas por concordar.
Queres dar-te mais uma vez, hipotecas-me as hipóteses de recusar porque eu ainda quero mais que tu.
Dás-me um milhão de respostas e justificações para as quais ainda não tenho perguntas e insistes na racionalidade das nossas acções irracionais e irreflectidas.
Por momentos alivio o peso que carrego na minha consciência e esqueço que podemos magoar meio mundo, sem contar com as feridas que nos podemos causar sem dar por isso.
Sonhamos juntos e partimos dali a voar sem nunca sairmos do aconchego da nossa cama, construímos histórias com finais escritos á nossa maneira onde predominam os nossos mais puros desejos.
Imaginamos mil e umas formas de viver e absorvemos todo aquele momento de felicidade até á exaustão, porque para nós é e será sempre a nossa última noite.
Hoje, talvez a lua tivesse brilhado com mais intensidade, mas também as estrelas ficaram mais opacas, mais tristes por saber que existem sentimentos com tais proporções que apenas se podem alimentar nas sombras.
Tenho esperança tal como tu que esta situação nos vá desgastando, que nos afaste, mas tudo o que tem feito é nos aproximar ainda mais.
Não me perguntes o porquê de ter de ser assim, porque essa é uma pergunta estúpida, ridícula e não faz nada o teu género.
Tu dizes…chega!
Eu digo…basta!
Para quê?
Ambos concordamos que estamos a sair fora de controlo, que cada dia é mais recorrente a dependência da nossa presença, que estamos a esgotar todos os limites se é que estes alguma vez existiram.
Mais logo quando estiveres para sair por aquela porta irás abraçar-me e dizer adeus, mesmo que conscientemente saibas que não é verdade.
Também eu alinharei naquela esperança e me despeço de ti para sempre.
No dia seguinte acordaremos felizes e de sorriso nos lábios. Seremos gentis para toda a gente e cantaremos a música que está a passar no rádio porque a nossa energia ainda está mutuamente presente.
Mais tarde, quando essa energia se estiver a esgotar, moveremos montanhas e arriscamo-nos a perder em tempestades, inventamos desculpas e ludibriamos todos aqueles que possam pôr em causa mais um dos nossos momentos.
Recomeça tudo novamente, e o que era só um encontro esporádico, torna-se antes um vício recorrente e cada vez mais arriscado, doce e também necessário para o nosso equilíbrio.
Desculpa-me por mais um beijo, por sentir que ainda te desejo.
Desculpa-me por este silêncio, por este egoísmo de ainda te crer.
Não posso deixar que te levem sem sequer tentar me opor.
Ao fundo, do outro lado da parede ainda ouço as tuas gargalhadas, daquelas que só eu te consigo arrancar.
Não quero mais esperar, não quero mais andar.
Agora quero correr, quero voar.
Não quero saber do dia em que te ganhei, nem tão pouco do dia em que te irei perder, quero apenas saber porque é que o meu suspiro ainda te atormenta.
Nunca serás minhas, nunca serei teu, discordas de mim e apelas ao impossível, por fim acabas por concordar.
Queres dar-te mais uma vez, hipotecas-me as hipóteses de recusar porque eu ainda quero mais que tu.
Dás-me um milhão de respostas e justificações para as quais ainda não tenho perguntas e insistes na racionalidade das nossas acções irracionais e irreflectidas.
Por momentos alivio o peso que carrego na minha consciência e esqueço que podemos magoar meio mundo, sem contar com as feridas que nos podemos causar sem dar por isso.
Sonhamos juntos e partimos dali a voar sem nunca sairmos do aconchego da nossa cama, construímos histórias com finais escritos á nossa maneira onde predominam os nossos mais puros desejos.
Imaginamos mil e umas formas de viver e absorvemos todo aquele momento de felicidade até á exaustão, porque para nós é e será sempre a nossa última noite.
Hoje, talvez a lua tivesse brilhado com mais intensidade, mas também as estrelas ficaram mais opacas, mais tristes por saber que existem sentimentos com tais proporções que apenas se podem alimentar nas sombras.
Tenho esperança tal como tu que esta situação nos vá desgastando, que nos afaste, mas tudo o que tem feito é nos aproximar ainda mais.
Não me perguntes o porquê de ter de ser assim, porque essa é uma pergunta estúpida, ridícula e não faz nada o teu género.
Tu dizes…chega!
Eu digo…basta!
Para quê?
Ambos concordamos que estamos a sair fora de controlo, que cada dia é mais recorrente a dependência da nossa presença, que estamos a esgotar todos os limites se é que estes alguma vez existiram.
Mais logo quando estiveres para sair por aquela porta irás abraçar-me e dizer adeus, mesmo que conscientemente saibas que não é verdade.
Também eu alinharei naquela esperança e me despeço de ti para sempre.
No dia seguinte acordaremos felizes e de sorriso nos lábios. Seremos gentis para toda a gente e cantaremos a música que está a passar no rádio porque a nossa energia ainda está mutuamente presente.
Mais tarde, quando essa energia se estiver a esgotar, moveremos montanhas e arriscamo-nos a perder em tempestades, inventamos desculpas e ludibriamos todos aqueles que possam pôr em causa mais um dos nossos momentos.
Recomeça tudo novamente, e o que era só um encontro esporádico, torna-se antes um vício recorrente e cada vez mais arriscado, doce e também necessário para o nosso equilíbrio.